<p><div>A cerca de 80 quilômetros de Brasília, 1,9 mil fuzileiros navais vivem, durante dez dias, situações reais de conflito. Nomeada de Operação Formosa, a atividade prepara os militares para condições de pronto emprego em um terreno de mais 60 de quilômetros de extensão. Considerado o maior exercício realizado pela Marinha no Planalto Central, a ação dos militares envolvidos ocorre de 8 a 18 de julho, no Campo de Instrução de Formosa, em Goiás. O período de montagem até a desmontagem de todo aparato dura, em média, três meses.</div>
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<div>A operação, que ocorre uma vez por ano, é dividida em três partes. Na primeira, os fuzileiros recebem orientações táticas. Já na segunda, iniciam a fase prática quando vão a campo realizar atividades como descontaminação de agentes nucleares, biológicos, químicos e radiológicos, efetuar procedimentos no Hospital de Campanha e desativar artefatos explosivos, por exemplo. Eles também simulam manobra tática com carros blindados e sistemas de armas. Por último, simulam o que chamam de cabeça de praia, como se a tropa tivesse desembarcado dos navios transportes para ocupar o território inimigo e assegurar possíveis os ou avanços. </div>
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<figure id="attachment_64989" aria-describedby="caption-attachment-64989" style="width: 740px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-full wp-image-64989" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/20190714_op.formosa2.jpg" alt="" width="750" height="450" /><figcaption id="caption-attachment-64989" class="wp-caption-text">Foto: MD</figcaption></figure>
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<div>Durante o exercício, pela primeira vez uma mulher comandou um pelotão de infantaria. À frente de um grupo de cerca de 50 militares, a Tenente Liana de Magalhães avaliou a experiência como gratificante. <em>&#8220;Estou vibrando bastante. Realmente era isso que eu queria e a Marinha me deu esse espaço&#8221;</em>, disse. Ela ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais há 18 anos como musicista. Depois ou para o quadro de oficiais e, recentemente, fez o curso de Aperfeiçoamento em guerra anfíbia. </div>
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<div>Com entusiasmo semelhante ao de Liana, o Tenente Gabriel da Rocha vê a operação como oportunidade enriquecedora para a vida pessoal e militar. Desde 2010 na Marinha, durante o exércício ele vive a difícil experiência de chefiar um pelotão de blindados. Em Formosa, o Segundo Tenente é comandante dos Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf). <em>&#8220;É um desafio, mas essa é uma operação conjunta em que podemos realizar com todos os meios do corpo de fuzileiros navais para manter a melhor coordenação e maior controle. Isso contribui para o maior aprestamento da tropa&#8221;</em>, diz o Tenente lotado no Batalhão de Viaturas Anfíbias, no Rio de Janeiro. </div>
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<figure id="attachment_64991" aria-describedby="caption-attachment-64991" style="width: 740px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-full wp-image-64991" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/20190714_op.formosa5.jpg" alt="" width="750" height="450" /><figcaption id="caption-attachment-64991" class="wp-caption-text">Durante o exercício, são feitas simulações de resgate em território de conflito- Foto; MD</figcaption></figure><br />
Além dos Carros Lagarta, no exercício são empregadas aeronaves, veículos blindados, mísseis superfície-ar (MSA), aeronaves remotamente pilotadas (ARP), obuseiros de artilharia e lançadores múltiplos de foguetes ASTROS. Todos os armamentos e sistemas de armas utilizam munição real. <em>&#8220;É uma operação extremamente complexa. O emprego de todos esses meios faz a diferenciação desse exercício, há toda uma estrutura&#8221;</em>, ressalta o chefe do Estado Maior da Armada, Almirante de Esquadra Celso Luis Nazareth.</div>
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<figure id="attachment_64988" aria-describedby="caption-attachment-64988" style="width: 740px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-full wp-image-64988" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/20190714_op.formosa6.jpg" alt="" width="750" height="450" /><figcaption id="caption-attachment-64988" class="wp-caption-text">Lançadores múltiplos de foguetes ASTROS- Foto: MD</figcaption></figure>
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<div><strong>Novidade</strong></p>
<p>Na edição deste ano da Operação Formosa, foi utilizado pela primeira vez o recém-adquirido Sistema Integrado de Comando e Controle do Corpo de Fuzileiros Navais (SIC2CFN). A entrega do sistema está prevista para novembro deste ano e o emprego durante o exercício foi como teste. O equipamento facilita o gerenciamento das ações no campo de batalha, possibilita a obtenção de dados, viabiliza a comunicação entre os elementos de combate e realiza ações de guerra eletrônica contra forças adversas.<em> &#8220;Por ser eletrônico é importante para termos a informação em tempo real, utilizando, inclusive, imagens de satélites onde temos os acompanhamento das nossas tropas&#8221;</em>, destaca o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Leonardo Puntel. </div>
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<figure id="attachment_64990" aria-describedby="caption-attachment-64990" style="width: 740px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-full wp-image-64990" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/20190714_op.formosa.jpg" alt="" width="750" height="450" /><figcaption id="caption-attachment-64990" class="wp-caption-text">Ao todo 1,9 mil fuzileiros estão participando do treino- Foto: MD</figcaption></figure>
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<div>Na sexta-feira (12), autoridades do Alto Comando Militar, deputados e senadores, assistiram à demonstração dos fuzileiros navais no campo de instrução. Para representar o Ministério da Defesa, estiveram presentes o chefe de Assuntos Estratégicos, Almirante Cláudio Portugal de Viveiros, o secretário de Produtos de Defesa, Marcos Degaut, o assessor militar do Ministro da Defesa, Contra-Almirante Carlos Chagas, além de demais integrantes do gabinete do ministro Fernando Azevedo. </div>
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<div>A demonstração foi coordenada pela Força de Fuzileiros de Esquadra (FFE), que é a responsável pela área operativa dos Fuzileiros Navais. Com intuito é preparar seus militares para atuar em diferentes tipos de conflito, desde os de alta intensidade, tais como as guerras convencionais, até em operações de caráter humanitário e de paz, as atividades prosseguem até a quinta-feira, 18. </div>
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<div><em>Fonte: Ministério da Defesa</em></div>
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1,9 mil Fuzileiros Navais participam do maior exercício da Marinha no Planalto Central
por andremagalhaes


Autor: André Magalhães
Categorias: Militar, Notícias, Notícias
Tags: Fuzileiros, Marinha do Brasil, Militar, Ministério da Defesa