Marcada pelo curto tempo de operação e problemas com os ageiros, a ITA ou Itapemirim Transportes Aéreos certamente não deixou saudades para o público brasileiro.
A companhia, que sequer completou seis meses de operações, viu a sua frota que mal havia acabado de chegar, retornar aos lessors por falta de pagamento, resultando na suspensão das suas operações pela ANAC no dia 17 de dezembro de 2021.
Por falar nas aeronaves, sugiram fotos nas redes sociais indicando a primeira aeronave enviada para o desmanche, ao que tudo indica, trata-se do PS-ITA, um Airbus A320-200 produzido em 2005, mas que estava estocado no aeroporto de Tucson, nos EUA, desde janeiro de 2022.
Segundo dados do site Planespotters.net, a aeronave pertencia a Deucalion Aviation e estava em Tucson, justamente para preservar o avião, pois a localidade conta com características de deserto e com baixa umidade, características ideais para a preservação de aeronaves.
Após uma breve pesquisa de dados sobre a antiga frota, as aeronaves PS-AAF, PS-SFC, PS-MGF, PS-SPJ, PS-TCS e PS-SIL estão operando por outras companhias, restando apenas o PS-ITA, que até então não havia encontrado outro operador.

A trajetória do PS-ITA:
Produzido em 2005 (MSN:2395) e entregue em março do mesmo ano, a aeronave teve como o seu primeiro operador a Jetstar Asia da Cingapura, permanecendo na companhia até dezembro de 2012. Posteriormente, a aeronave recebeu a matrícula TC-JUG da Anadolujet da Turquia em abril de 2013, ando a fazer parte da Turkish Airlines com a mesma matrícula até outubro de 2020, quando foi devolvida ao lessor.
O avião de propriedade da Deucalion Aviation, ficou estocada no aeroporto de Kansas City (MCI) entre março e julho de 2021 em busca de um novo operador, quando então ou a fazer parte da Itapemirim Transportes Aéreos.
Assim que as operações da ITA foram suspensas, o PS-ITA chegou a ficar parado no aeroporto do Galeão desde o dia 17 de dezembro, seguindo para o aeroporto de Tucson no dia 19 de janeiro de 2022, de onde não saiu mais.
Por ser uma aeronave de quase 20 anos de geração anterior, a falta da demanda por novos operadores e a revenda para o mercado de peças secundárias deve ter sido a opção mais viável para o ex-Itapemirim.
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