Segundo o Wall Street Journal, a Spirit Airlines está dialogando com detentores de títulos sobre os termos de um potencial pedido de falência, após não conseguir realizar a fusão com a JetBlue Airways. Como resultado, as ações da empresa caíram 30%.
A empresa está ainda considerando reestruturar seu balanço por meio de uma transação fora do tribunal, porém as negociações mais recentes estão mais focadas em estabelecer um acordo com os credores para sustentar o pedido de falência.
Conforme o relatório, um registro de falência, se ocorrer, não será em um futuro próximo. Em resposta à reportagem do Wall Street Journal, a Spirit Airlines citou a teleconferência de resultados do segundo trimestre, onde o CEO Ted Christie mencionou que a empresa está em negociações com os consultores de seus detentores de títulos para gerenciar os vencimentos de dívida programados para 2025 e 2026.
“Como essas conversas estão em andamento, não entraremos em detalhes nem responderemos a perguntas sobre esse tópico, nem especularemos sobre possíveis resultados”, disse Christie, acrescentando que era uma prioridade e que a empresa estava focada em garantir o “melhor resultado para o negócio o mais rápido possível”.
A informação sobre a possível falência da Spirit Airlines chega meses depois de o CEO Ted Christie afirmar que a empresa não estava considerando um pedido de concordata e que estava “encorajada” pelo plano em curso após a falha na fusão com a JetBlue. O acordo de fusão de US$ 3,8 bilhões foi cancelado em março, após um juiz dos EUA vetar o negócio em janeiro devido a preocupações anticompetitivas.
A Spirit Airlines indicou que enfrentará um prejuízo maior no terceiro trimestre, impulsionado por uma “intensa competição” por ageiros de lazer que são sensíveis a preços e pela superabundância de assentos disponíveis no setor doméstico. A companhia não obteve lucro em cinco dos últimos seis trimestres, o que levanta questionamentos sobre sua capacidade de honrar suas dívidas.
Se a fusão tivesse sido realizada, teria criado a quinta maior transportadora dos EUA, oferecendo à Spirit uma chance de sobrevivência em um momento em que a empresa enfrenta dificuldades financeiras e está sobrecarregada de dívidas.
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