<p><p>De toda a família Embraer E-Jet de Segunda Geração, o E175-E2 é o único avião que ainda não recebeu encomendas. Isto é devido às cláusulas de escopo, um acordo entre o Sindicato de Pilotos dos EUA (ALPA) e as companhias aéreas dos EUA.</p>
<p>As <a href="https://public.alpa.org/portals/alpa/magazine/2003/March2003_Scope.htm"><em>Scope Clause</em> </a>limitam o que é considerado um &#8220;avião regional&#8221;, onde a companhia pode pagar menos para os pilotos e tripulantes. O acordo também restringe a quantidade de aviões regionais que cada empresa pode operar, de acordo com a quantidade de assentos, por este motivo as aéreas dos EUA &#8220;terceirizam&#8221; esse serviço, onde aéreas não conhecidas pelo público operam com a marca de grandes empresas, como a United Airlines e a Delta.</p>
<p>A Air Line Pilots Association (ALPA) está realizando uma considerável votação nas próximas semanas, mas novamente deixou o E175-E2 fora de pauta, e incluiu apenas um aumento salarial da United Airlines de 14,5% para os 14000 pilotos.</p>
<p>Michael Hamilton, presidente do grupo piloto United da ALPA, declarou que os pilotos concordaram com o acordo proposto pela United Airlines, mas as duas partes evitaram fazer alterações que possibilitem o crescimento da parte regional da empresa, bem como a operação de aviões com peso bruto máximo de decolagem (MGTOW) superior a 39000 kg (86000 lb).</p>

<p>Pilotos da American Airlines também negociaram um aumento salarial, mas evitaram autorizar que a companhia amplie suas operações, através de mais aviões ou espaço a bordo. </p>
<p>Outras votações poderão ser realizadas posteriormente, para uma aprovação geral dos limites das <em>Scope Clause</em> sobre o peso máximo de decolagem das aeronaves. Contudo, atualmente é pouco provável que o Embraer E175-E2 seja autorizado a entrar no mercado norte-americano em 2023.</p>
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<h4 style="text-align: center;"><span style="font-size: 18pt;"><strong>Um novo E175-E2 reformulado?</strong></span></h4>
<p>Uma das possibilidades para a Embraer é criar uma aeronave que atenda as atuais <em>Scope Clause</em>, basicamente um E170-E2 extensamente modernizado, e dentro dos padrões exigidos nos acordos das aéreas com a ALPA.</p>
<p>Contudo, esse projeto está fora da mesa da Embraer, que se concentra no momento em desenvolver eVTOLs e o seu novo turboélice. A Mitsubishi, que desejava entrar no mercado da fabricante brasileira, chegou a apresentar uma versão do Spacejet (sua aeronave regional) que atendia aos limites atuais, apesar de ser equipada com os mesmos motores Pratt &; Whitney Pure Power. </p>
<figure id="attachment_62557" aria-describedby="caption-attachment-62557" style="width: 950px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-62557 size-full" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/06/SpaceJet_Mitsubishi-960x640.jpg" alt="Mitsubishi" width="960" height="640" /><figcaption id="caption-attachment-62557" class="wp-caption-text">Mitsubishi criou o M90, de 90 assentos, mas depois propôs um avião menor, de 76 assentos e dentro das Scope Clause.</figcaption></figure>
<p>A proposta do M100 era para uma nova aeronave com base no mesmo SpaceJet, quando comparamos com o M90, o projeto contemplava um avião com 34,5 metros de comprimento, cerca de 1,1m mais curto que o M90.</p>
<p>O desenvolvimento do E175-E2 continua, apesar dos vários atrasos, causados inicialmente devido à pandemia, e depois pelo tempo que os sindicatos estão consumindo para aprovar uma reformulação das regras.</p>
<p><span class="VIiyi" lang="pt"><span class="JLqJ4b" data-language-for-alternatives="pt" data-language-to-translate-into="en" data-phrase-index="0">Os E170 e E175 de primeira geração não excediam esse limite do incentivo de aviação regional dos EUA. Porém, o</span></span><span class="VIiyi" lang="pt"><span class="JLqJ4b" data-language-for-alternatives="pt" data-language-to-translate-into="en" data-phrase-index="0"> novo E175-E2 é equipado com motores Pratt &; Whitney PW1700G, mais pesados e maiores em comparação com os CF34, o E175-E2 está até 12000 libras acima do peso máximo de decolagem permitido, de 39000 kg (86000 lbs).</span></span></p>
<p><img class="aligncenter size-medium wp-image-68008" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/08/17.-E175-E2-800x449.jpg" alt="" width="800" height="449" /></p>
<p>Em comparação ao E175 de primeira geração, o E175-E2 possui uma fileira adicional de assentos, podendo ser configurado com 80 assentos em duas classes ou até 90 em classe única.</p>
<p>O avião promete consumir até 16% a menos em combustível e ter uma diminuição de 25% nos custos de manutenção por assento em comparação ao atual E175-E1.</p>
<p>A grande &#8220;virada de chave&#8221; para a Embraer pode ser uma nova regulamentação da FAA, que exigirá aviões com motores mais econômicos e menor emissão de CO2, consequentemente pressionando a aprovação desse aumento do MGTOW pela ALPA.</p>
<p>Anteriormente a Embraer submeteu a paralisação do desenvolvimento ao seu conselho de istração, que aprovou interinamente a pausa até 2025. Agora a previsão do início de voos comerciais com a aeronave está programada para ocorrer entre 2027 e 2028.</p>
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Acordos entre aéreas e sindicatos atrasam novamente “entrada” do Embraer E175-E2 nos EUA
por Aeroflap
