Tema recorrente em audiência públicas, visitas técnicas e reuniões realizadas pela Câmara Municipal, o Aeroporto Carlos Prates será mais uma vez motivo de debate que envolve comunidade local, sociedade civil, Prefeitura e CMBH.
Dessa vez, a discussão vai girar em torno do fechamento do aeroporto, previsto para maio de 2022, e da possibilidade de construção de conjuntos habitacionais no local. A audiência pública que vai tratar dos assuntos será realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário hoje (24), às 13h30, no Plenário Camil Caram.
A reunião foi solicitada pelo vereador Rubão (PP), será realizada no formato semipresencial e é aberta à participação da população, que pode enviar comentários, perguntas e sugestões por meio de formulário eletrônico. Aspectos como o funcionamento do aeroporto, os riscos e desconforto que ele causa aos moradores da região, a possível destinação do terreno para moradias populares e a manutenção de parque existente no local já foram discutidos em outros momentos pela própria comissão e voltam ao debate com a audiência desta quinta-feira.
Segundo Rubão, a intenção da audiência é dar publicidade às razões do fechamento do Aeroporto Carlos Prates (Rua Ocidente, 100, bairro Padre Eustáquio), estabelecendo um debate amplo entre as esferas governamentais, entes privados interessados e cidadãos de Belo Horizonte. O vereador afirmou ainda que “o objetivo da audiência é dar transparência ao ime que envolve a desativação do aeroporto e ouvir todos os envolvidos”.
Foram convidados o secretário municipal interino de Governo, Josué Valadão; o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck; o diretor-presidente da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), Claudius Vinícius Leite; o representante da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Mauro Lúcio Diniz, e representantes da Associação Voa Prates, Estevan Lopez e Guilherme Teixeira.
A desativação das atividades do aeroporto também já foi debatida na Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana. Em 17 de agosto do ano ado, uma audiência pública realizada pela comissão debateu o assunto, a pedido de Macaé Evaristo (PT), Bella Gonçalves (Psol), Bruno Miranda (PDT), Duda Salabert (PDT), Iza Lourença (Psol) e Pedro Patrus (PT).
Na ocasião, lideranças comunitárias e vereadores pleitearam a municipalização da área para implantação de parque e moradias sociais. Representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Eduardo Tavares, assegurou, durante a audiência, que a secretaria não tem restrição à municipalização, e que o problema seria manter o parque, devido a dificuldades orçamentárias. Ele disse ainda que a Prefeitura tem o direito de perempção, que permite a desapropriação ou compra da área de interesse.
Via: Câmara Municipal de Belo Horizonte