<p><p>A Airbus anunciou que alcançou um princípio de acordo com as autoridades sas, britânicas e norte-americanas, para encerrar as investigações pendentes com uma multa de 3,6 bilhões de euros, que será refletida nas contas da empresa de 2019.</p>
<p>Isso corresponde a vários processos judiciais que a Airbus enfrenta na França, no Reino Unido e nos Estados Unidos por vários casos de suborno, corrupção e &#8220;imprecisões&#8221; na documentação enviada aos EUA pelo ITAR (International International Traffic Traffic Regulations) e a terceiros, para obter a venda de aeronaves nesses países.</p>
<p>Este acordo foi aceito pelo SFO britânico (Serious Fraud Office), pelo PNF francês (Parquet Nationale Financer) e pelo Departamento de Crimes Financeiros dos EUA. No entanto, ele não será firme até que seja ratificado e fechado pelos tribunais de cada país, algo que deve ocorrer no dia 31 de janeiro.</p>
<p>Se esses tribunais aceitarem o princípio do acordo, a Airbus terá que enfrentar a multa. No entanto, os detalhes finais serão fornecidos após a ratificação do contrato.</p>
<p>Essa multa representa um registro de sanções no setor, mas, se for finalmente aceita, significa que nem a Airbus nem seus agentes serão processados ​​criminalmente, já que os casos serão considerados encerrados.</p>
<p>A Airbus declarou que continuará a colaborar com as autoridades.</p>
<p>Em 2017 uma investigação separada dos EUA apontou fraudes em contratos de defesa da Airbus, depois que uma análise dos procedimentos de conformidade revelou &#8220;imprecisões&#8221; e &#8220;deficiências&#8221;, informou a empresa, em arquivos ao Departamento de Estado dos EUA.</p>
<p>Os problemas estavam relacionados às regras dos EUA contidas em seu Regulamento Internacional sobre Tráfego de Armas, particularmente na seção sobre divulgação de taxas e comissões.</p>
<p>Em 2018, a empresa chegou a um acordo de € 81 milhões para encerrar uma investigação europeia, onde promotores alemães apresentavam alegações de corrupção relacionadas à venda de caças para a Áustria em 2003.</p>
<p>O então executivo-chefe Tom Enders, disse na época que a empresa precisava “examinar com atenção” seus sistemas e culturas para “incorporar comportamentos irrepreensíveis” em suas atividades.</p>
<p>A Airbus também optou por recrutar um número de candidatos externos para os cargos mais altos, à medida que vários membros do conselho se aposentaram, um o destinado a sustentar a impressão de transparência.</p></p>


Autor: Pedro Viana