Airbus já fala em projetar um novo A320 e modernizar o A350

por '@pedro

Airbus A320

<p><p>O Airbus A320 nasceu como um avião bastante moderno&comma; tanto que nos anos seguintes ganhou mercado&comma; visto que a Boeing ainda oferecia o ultraado 737 Classic&comma; remotorizado com os CFM 56 mas ainda baseado nos componentes do 737 Original&comma; o que no Brasil conhecemos como &&num;8220&semi;breguinha&&num;8221&semi;&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O A320 já tinha comandos fly-by-wire&comma; uma aerodinâmica moderna com wingtips nas pontas das asas e uma autonomia de respeito para a época&period; Essa concepção além do seu tempo permitiu que atualmente a Airbus consiga mais de 60&percnt; do mercado de aeronaves entre 170 a 240 assentos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Temos disponível um narrowbody para 240 ageiros e o mesmo alcance do 757-200&comma; porém muito mais econômico&comma; cerca de 31&percnt; mais rentável que o avião da Boeing&comma; mesmo que os dois tenham nascidos na mesma época&period; A versão <em><strong>neo<&sol;strong><&sol;em> &lpar;New Engine Option&rpar; remodernizou o A320&comma; mas poucas alterações foram realizadas na parte tecnológica&comma; tanto que o cockpit é bastante semelhante a um A320ceo produzido nesta década&period;<&sol;p>&NewLine;<p><img class&equals;"aligncenter size-medium wp-image-25757" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2017&sol;06&sol;A320&lowbar;NEO&lowbar;REVEAL&lowbar;05-800x557&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"800" height&equals;"557" &sol;><&sol;p>&NewLine;<p>Com o projeto do A350 concluído&comma; e o A330neo encaminhando para acabar &lpar;visto que o avião já está praticamente com todas as certificações&rpar;&comma; a Airbus agora está mudando a sua estratégia e também a sua equipe de engenheiros&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A empresa iniciou uma nova rodada de contratações&comma; o <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;bloomberg&period;com&sol;news&sol;articles&sol;2018-11-21&sol;airbus-reveals-plans-for-all-new-narrow-body-re-engined-a350">próprio Bloomberg observou que a empresa estava com várias vagas para engenheiros nas bases de Madrid e Toulouse<&sol;a>&comma; coincidentemente os locais de desenvolvimento de aeronaves da Airbus nos últimos anos&comma; sendo que Madrid &lpar;Espanha&rpar; se destaca pela parte militar&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O foco da empresa agora é desenvolver um novo narrow-body para futuramente substituir o A320&comma; além de criar uma versão renovada do A350XWB&comma; com novos motores&period;<&sol;p>&NewLine;<p><em>&&num;8220&semi;Como um dos principais fabricantes de aeronaves&comma; estamos procurando muitas maneiras de avançar nossa linha de produtos&&num;8221&semi;<&sol;em>&comma; afirmou a Airbus&period; <em>&OpenCurlyDoubleQuote;Há muitos estudos&comma; mas nem todos vêem a luz do dia&period;” <&sol;em><&sol;p>&NewLine;<p>Além disso a Airbus quer convocar mais engenheiros da área de produção&comma; para conseguir atingir o pico de 100 aviões do tipo narrow-body e 20 do modelo A350neo fabricados por mês&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Geralmente uma fabricante de aviões demora cerca de 7 a 9 anos para desenvolver um projeto do zero&comma; como o A350 que a Airbus apresentou em 2006 e realizou o primeiro voo comercial em 2015&period; Já a Boeing levou 7 anos para desenvolver o 787 Dreamliner&comma; depois de muitos problemas de projeto por causa da tecnologia inovadora do avião&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Quando perguntada sobre os avisos de emprego&comma; a Airbus disse que os projetos descritos não têm garantia de lançamento ou de entrar na produção&comma; a fabricante confirmou que duas atualizações para o A320neo estão previstas&comma; incluindo a versão <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;airbus-quer-criar-a321neo-com-alcance-de-8700-quilometros&sol;">A321XLR que poderia ser lançada em 2022&period;<&sol;a><&sol;p>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p><strong>Projeto folha limpa &&num;8211&semi; Tecnologias para o novo A320<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<p>A Airbus recentemente finalizou o desenvolvimento do que chamamos de asa de fluxo laminar&comma; a empresa usou um A340 de testes para averiguar a nova tecnologia&comma; que exige uma asa produzida em material composto&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O objetivo desse programa apelidado de BLADE é obter uma asa com fluxo laminar natural&comma; as asas dos aviões naturalmente têm a camada limite&comma; que é uma parte com espessura mínima composta por ar turbulento colado na asa&comma; acima dessa camada a o fluxo laminar&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;30152" aria-describedby&equals;"caption-attachment-30152" style&equals;"width&colon; 477px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-30152" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2017&sol;09&sol;2354653-blade-017-556x800&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"487" height&equals;"700" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-30152" class&equals;"wp-caption-text">Ponta da asa do A340 equipada com uma seção de asa de fluxo laminar&period; Foto &&num;8211&semi; Airbus<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>Notavelmente esse ar turbulento muda o comportamento do perfil aerodinâmico&comma; por isso os engenheiros há 20 anos conhecem a possibilidade de criar uma asa com fluxo totalmente laminar de forma natural&period; É importante ressaltar que essa nova descoberta funciona e gera sustentação&comma; por muito tempo acreditou-se que essa era gerada pela presença da camada limite&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A tecnologia até agora não foi aplicada porque não foi possível produzir em uma escala industrial asas que são&comma; em primeiro lugar&comma; suaves o suficiente para alcançar um fluxo de ar laminar e&comma; em segundo lugar&comma; aerodinamicamente robustas o suficiente para sustentar o desejado efeito nas operações aéreas diárias&comma; com vários pousos e decolagens&period;<&sol;p>&NewLine;<p>No total a nova asa poderá ser até 5&percnt; mais econômica em consumo de combustível em comparação com as atuais tecnologias&period; O projeto da Airbus é equipar uma aeronave narrow-body no futuro com um projeto eficiente e que esteja na frente de outras concorrentes&comma; a fabricante só não explicou se vai focar na linha A320 ou reará essa tecnologia para a ATR&comma; mas garantiu no Berlin Air Show que a tecnologia estará disponível no final de 2020 como um novo produto narrowbody&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Você pode ver mais sobre isso <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;projeto-blade-novo-tipo-de-asa-da-airbus-supera-expectativas-na-fase-de-testes&sol;">Clicando Aqui<&sol;a>&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Além disso a Airbus espera uma significativa melhora no consumo de combustível nos motores da próxima geração&comma;<a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;safran-firma-nova-parceria-para-desenvolver-sistema-de-taxiamento-eletrico-para-avioes&sol;"> e já trabalha com a Safran para um projeto de taxiamento elétrico do avião&comma; dispensando o uso do motor em solo<&sol;a>&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O taxiamento elétrico seria vantajoso para esses aviões que realizam percursos de curta duração&comma; com uma média de 1 a 3 horas de voo&comma; pois uma parte considerável desse tempo essas aeronaves ficam taxiando em solo&comma; principalmente nos grandes aeroportos&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Um novo narrow-body da Airbus pode receber uma fuselagem produzida totalmente com materiais compostos&comma; assim como a fabricante atualmente usa do A220 e no A350&comma; isso possibilitou que o A220-300 apresente um menor peso vazio em comparação com o A319neo&comma; e isso significa uma maior economia de combustível&period;<&sol;p>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p><strong>Airbus A350<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<p><img class&equals;"aligncenter size-medium wp-image-8975" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2016&sol;06&sol;A350&lowbar;F-WXWB-800x600&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"800" height&equals;"600" &sol;><&sol;p>&NewLine;<p>Já o Airbus A350XWB pode estar inclinado no caminho do novo motor proposto pela Rolls-Royce&comma; de alta propulsão com uso da caixa de redução&comma; algo que já conhecemos no Pratt &amp&semi; Whitney PW1100G&comma; que equipa o A320neo e proporciona uma diminuição de 15&percnt; no consumo de combustível&comma; quando comparamos com um motor CFM56&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Em abril de 2018 a Airbus assinou um contrato com a Rolls-Royce para desenvolver um novo motor do tipo UltraFan&comma; abaixo listamos mais características dessa tecnologia&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Atualmente a Rolls-Royce fornece atualmente os motores do A350&comma; o Trent XWB&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;24770" aria-describedby&equals;"caption-attachment-24770" style&equals;"width&colon; 1545px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-24770 size-full" src&equals;"http&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2017&sol;05&sol;rrultra&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"1555" height&equals;"340" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-24770" class&equals;"wp-caption-text">Foto &&num;8211&semi; AviationWeek&sol;Rolls-Royce<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>&nbsp&semi;<&sol;p>&NewLine;<p><strong>Conceito Open Rotor<&sol;strong><&sol;p>&NewLine;<p>O segundo estágio de desenvolvimento&comma; e o mais interessante deles&comma; leva a tecnologia da Rolls-Royce para os propulsores entre 40 mil a 100 mil lbs de empuxo&period; Esse conceito usa uma caixa de engrenagens e um Fan Frontal ainda maior&comma; a finalidade da caixa de engrenagens é diminuir a rotação do Fan e aumentar a rotação do núcleo do motor&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Além disso a Rolls-Royce diminuirá os estágios da turbina&comma; já que a caixa de engrenagens gera mais torque para girar o Fan Frontal&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Caso a Rolls-Royce decida usar um motor com tecnologia em comum ou com a disposição semelhante ao motor Pure Power&comma; a P&amp&semi;W irá cobrar direitos de patentes no produto da RR&period; Apesar disso a fabricante europeia recusa uma possível acusação de que sua caixa de engrenagens teria engenharia semelhante ao que a Pratt &amp&semi; Whitney usou nos motores da família Pure Power&period; O grande ponto é que a Pratt &amp&semi; Whitney emprega uma disposição de engrenagens em formato de estrela nos motores&period;<&sol;p>&NewLine;<p><img class&equals;"size-medium wp-image-24761 aligncenter" src&equals;"http&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2017&sol;05&sol;RR-Ultrafan-800x565&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"800" height&equals;"565" &sol;><&sol;p>&NewLine;<p>A Rolls-Royce não quis comentar se seu novíssimo motor utiliza alguma estrutura semelhante na caixa de engrenagens&comma; mas afirmou que não tem nada parecido em seu produto&comma; principalmente porque está trabalhando com a Liebherr para criar um conjunto planetário&comma; capaz de distribuir as forças do motor e permitir obter maiores potências&period; As únicas semelhanças dos sistemas são que eles permitem que o Fan&comma; os compressores e a turbina girem em velocidades distintas&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A fabricante acredita que incorporando uma caixa de engrenagens em motores maiores seja possível conseguir uma taxa de 15&colon; 1 entre o ar que a pela área fria e o ar quente&comma; que sofre queima&comma; isso significa que para cada 10 kg de ar aspirado pelo motor&comma; menos de 1 kg dele a pela queima&comma; enquanto mais de 9 kg são acelerados e geram propulsão sem precisar injetar combustível&period; Assim é possível conseguir uma economia ainda maior no consumo de JET A-1&period;<&sol;p>&NewLine;<p>Para Paul Stein&comma; Chief Technology Officer da Rolls-Royce&comma; isso também produz uma modificação significativa nas aeronaves&period; A empresa estima que com um by tão alto&comma; os atuais motores que têm 112 polegadas de diâmetro&comma; como o Trent 1000&comma; tenham no futuro 140 polegadas de diâmetro&period; Isso resulta em mudanças na engenharia dos aviões&comma; como no projeto das naceles de fixação motor-asa e também na altura do trem de pouso&comma; com finalidade de manter uma distância mínima entre o solo e o motor&period;<&sol;p>&NewLine;<p>A Rolls-Royce ainda espera desenvolver materiais especiais no novo motor para compor o compressor e usará a 4ª geração de materiais compostos no Fan frontal&period; Os componentes leves ajudam na diminuição da inércia do motor&comma; bem como podem ajudar na implementação de um novo sistema de refrigeração dos componentes&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O conceito Open Rotor melhora o consumo em até 25&percnt;&comma; em comparação com os motores atuais&comma; e 5&percnt; em relação ao Advanced&comma; ainda a ser lançado pela empresa&period;<&sol;p>&NewLine;<p><em>O UltraFan&comma; que esperamos entrar no serviço no período 2025-27&comma; será vendido para companhias aéreas por 15-20 anos e permanecerá em serviço por provavelmente 40 anos&&num;8221&semi;<&sol;em>&comma; disse o diretor de tecnologia da Rolls-Royce&comma; Paul Stein&period; <em>&&num;8220&semi;Então&comma; a segunda geração da aviação não vai chegar ao fim por 60-70 anos&period; O UltraFan no momento é um demonstrador de todas as novas tecnologias&comma; e planejamos lançá-lo como um produto em poucos anos &&num;8220&semi;<&sol;em>&period;<&sol;p><&sol;p>&NewLine;

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Pedro Viana

Autor: Pedro Viana

Engenharia Aerospacial - Editor de foto e vídeo - Fotógrafo - Aeroflap

Categorias: Aeronaves, Notícias

Tags: Airbus, Motores

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