A Airbus lançou recentemente uma atualização para os aviões da família A320. Esta corrige uma condição de aproximação instável da aeronave em arremetida, evitando uma elevação do nariz quando o balanceamento de carga mais deslocado para a traseira da fuselagem.
Essa condição, combinada com uma arremetida realizada com o piloto automático (AP) ligado, causava uma desconexão do AP. Em seguida, o avião tinha a tendência de aumentar o ângulo de ataque sem comando dos pilotos, o que exigia uma atuação desses para evitar uma condição de estol por ângulo de ataque crítico.
A configuração das superfícies de hipersustentação, como os flapes do bordo de ataque e fuga, mais o empuxo extra para compensar o arrasto desses componentes ativos contribuíram para o comportamento do avião nesta situação, de acordo com as simulações realizadas pela Airbus.

Por este motivo a correção se concentrou em evitar que a aeronave continue com a atitude de inclinar o nariz da aeronave, após a desativação do piloto automático, controlando o ângulo de ataque também durante manobras.
Tal problema foi reportado pela EASA, com base em um incidente que ocorreu com o A321neo, o qual estava com centro de gravidade deslocado para a parte traseira da fuselagem e dentro da margem de segurança.
A EASA, que coordenou toda a correção, já está solicitando a atualização dos aviões da família A320 para o novo software, e retirando os avisos aos pilotos sobre as condições para evitar este comportamento da aeronave. De acordo com a agência de segurança europeia, essa condição não é normalmente encontrada em voos reais, e precisou ser simulada durante as correções. Por precaução a Airbus alterou o software.
Com informações da FlightGlobal.
Texto por: AEROFLAP