<p><p>A Airbus venceu a concorrência de dois estudos da Agência Espacial Europeia (ESA) para projetar um veículo de coleta de amostras (Sample Fetch Rover) e um veículo orbital de retorno à Terra (Earth Return Orbiter).</p>
<p>Os dois veículos serão fundamentais para uma missão que pretende trazer amostras do planeta Marte à Terra antes do final da próxima década. Em abril de 2018, a NASA e a ESA am uma carta de intenção para realizar uma Missão de Retorno de Amostras de Marte.</p>
<p>Após o lançamento em direção a Marte, em 2026, o Mars Sample Fetch Rover vai buscar amostras do planeta deixadas pelo veículo de exploração espacial Mars2020. O rover da NASA vai deixar na superfície marciana 36 tubos de amostras, do tamanho de uma caneta, prontos para serem coletados posteriormente.</p>
<p>O veículo de coleta de amostras irá buscar os tubos, armazená-los em um recipiente e depositá-los dentro do veículo espacial Mars Ascent, que estará a postos. O Mars Ascent será então lançado da superfície de Marte e irá colocar o recipiente com as amostras na órbita do planeta.</p>
<p>Na terceira parte da missão, o Earth Return Orbiter, da ESA, irá recolher o recipiente – do tamanho de uma bola de basquete – da órbita de Marte; depois, o veículo vai depositá-lo em um sistema de biocontenção vedado e trazer as amostras de volta à Terra. As amostras farão a reentrada na atmosfera terrestre e irão pousar nos EUA antes do final da próxima década. Cientistas de todo o mundo poderão então estudar os materiais nos próximos anos, utilizando equipamentos de laboratório e técnicas de análise mais modernas.</p>
<p><em>“Nossa longa experiência em complexas missões de exploração científica, tais como Rosetta, BepiColombo e Mars Express, será um grande trunfo para o estudo. A missão é muito desafiadora em termos de tecnologia, mas a perspectiva de ver uma amostra de Marte retornando à Terra é muito animadora”</em>, disse Patrick Lelong, gerente de projetos da Airbus para o estudo do Earth Return Orbiter.</p>
<p><em>“Combinando as experiências da ESA e da NASA, essa missão histórica é ambiciosa e tecnologicamente muito avançada, com dois veículos de exploração interagindo em Marte pela primeira vez&#8221;</em>, disse Ben Boyes, gerente de projetos da Airbus para o estudo do Sample Fetch Rover. <em>&#8220;Essas duas situações inéditas – um lançamento a partir da superfície do planeta e a transferência das amostras em órbita – significam que, pela primeira vez, será possível estudar diretamente o solo de Marte em laboratórios na Terra.”</em></p>
<p><em>“Trazer amostras de Marte é essencial sob vários aspectos. Primeiramente, para entender por que Marte, mesmo sendo o planeta mais semelhante à Terra, tomou um caminho evolutivo muito diferente do nosso; em segundo lugar, para compreender totalmente o ambiente marciano e possibilitar que, um dia, os humanos trabalhem e vivam no Planeta Vermelho&#8221;</em>, afirma David Parker, diretor de exploração humana e robótica da ESA. <em>&#8220;Estou muito feliz, porque com o início do desenvolvimento desses dois estudos, em combinação com estudos conduzidos em outras partes da Europa, nós daremos outro o importante para a exploração de Marte.”</em></p>
<p>Tanto o Sample Fetch Rover quanto o Earth Return Orbiter fazem parte da Missão de Retorno de Amostras de Marte, proposta em conjunto pela ESA e pela NASA, que agora buscará aprovação no Conselho Ministerial da ESA em 2019.</p></p>

Airbus vence concorrência de dois estudos da Agência Espacial Europeia para missão em Marte
por Aeroflap
