A apresentação do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) sobre o Rio de Janeiro marcou o retorno do uso da fumaça colorida e a demonstração de uma manobra inédita. Dias depois, a unidade, popularmente conhecida por Esquadrilha da Fumaça, publicou imagens incríveis do voo na Praia de Copacabana.
O vídeo de 50 segundos tem como trilha sonora a canção These Days, da banda norte-americana Foo Fighters. O vídeo foi compartilhado pelo EDA em seu perfil no Instagram e pela Força Aérea Brasileira (FAB) no Twitter, e mostra a equipe executando uma nova manobra nos céus do Rio de Janeiro no dia 7 de setembro.
A manobra consiste em seis A-29 Super Tucano voando na formação Espelhão (três aviões em voo normal, com outros três em voo de dorso). Logo atrás, fechando oito aeronaves, mais dois A-29 voaram em torno da trilha de fumaça.
A quantidade de aviões também é incomum, já que a Esquadrilha se apresenta com sete aeronaves.
E falando em fumaça, a apresentação no Rio de Janeiro marcou a primeira demonstração completa da Esquadrilha usando a fumaça colorida nos turboélices A-29. As aeronaves ‘despejaram’ a fumaça nas cores verde, amarelo e azul, junto do tradicional branco. Também foi a primeira vez que os aviões trocaram as cores da fumaça em voo, ando do branco para o colorido.
Horas antes, o EDA havia aberto o desfile cívico-militar em Brasília, celebrando o bicentenário da Independência do Brasil. A equipe fez agens sobre a Capital Federal, mas não uma apresentação completa como a realizada no Rio de Janeiro.
Segundo o Capitão André Bezerra, Nº 6 da Esquadrilha, a manobra nova ainda não tem um nome oficial, mas é apelidada como ‘DNAzão’, por sua semelhança com a acrobacia DNA, executada com três aviões.
Bezerra também contou ao AEROFLAP que a acrobacia foi extensivamente treinada na Academia da Força Aérea, sede do EDA, antes de ser demonstrada na ‘Cidade Maravilhosa’. Agora a manobra faz parte do acervo de capacidades do time de demonstração.

Mas apesar de bonita, raramente será vista. Assim como a fumaça colorida, a manobra com oito aviões tem uma pegada logística maior. No caso da fumaça, o material específico é importado, ou seja, é mais caro.
Também necessário que os aviões recebam um polimento especial antes da demonstração para que o produto não deixe manchas na fuselagem. Um problema similar já acontecia com os antigos T-27 Tucano. Bezerra diz que o uso da fumaça colorida também exige a lavagem dos tanques de óleo e o transporte de mais militares, novamente aumentando as necessidades logísticas em demonstrações.
Concluindo, o Capitão Bezerra destaca que o DNAzão e o retorno da fumaça colorida serão demonstrados apenas em ocasiões muito especiais, como ocorreu no último Sete de Setembro.