Dois novos satélites da Força Aérea Brasileira (FAB) serão levados ao espaço na tarde desta quarta-feira (25) pelo foguete Falcon 9 da SpaceX. Denominados Carcará I e II, os satélites são parte do Projeto Lessonia-1.
O lançamento está previsto para as 15h25 e ocorre a partir do Complexo de Lançamento Espacial 40 (SLC-40) no Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral (Flórida). Acompanhe a operação pelo player abaixo ou clique aqui. O lançamento também será transmitido pelo perfil da FAB no Instagram.
Segundo a SpaceX, empresa do bilionário sul-africano Elon Musk, a missão Transporter-5 é a quinta missão dedicada de compartilhamento de viagens em pequenos satélites da SpaceX.
“Neste voo estão 59 naves espaciais, incluindo CubeSats, microssatélites, cargas úteis hospedadas sem implantação e veículos de transferência orbital.” Os materiais serão lançados na baixa órbita terrestre.
Este primeiro estágio já havia sido usado previamente nas missões Crew-1, Crew-2, SXM-8, CRS-23, IXPE, Transporter-4 e uma missão Starlink. Após a separação da carga útil, o foguete voltará ao planeta e pousará na Zona de Pouso 1, no próprio Cabo Canaveral.
Satélites de para vigilância da Amazônia
Conforme informado pela Força Aérea ontem (24), a operação será acompanhada pelo Centro de Operações Espaciais (COPE), localizado em Brasília (DF).
A informação sobre o lançamento dos satélites já havia sido antecipada na manhã de segunda-feira (23) pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Baptista Junior, conforme noticiamos aqui e aqui. Como explicamos anteriormente, o lançamento desta tarde não tem relação com a recente visita de Musk ao país.
O Projeto Lessonia consiste na aquisição de uma constelação de satélites de órbita baixa. De emprego dual, visam atender às necessidades operacionais das Forças Armadas, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), bem como de agências governamentais.

Os satélites de sensoriamento remoto radar (SRR) possuem sistema de imageamento com um sensor ativo de detecção, capaz de gerar imagens de altíssima resolução e que podem ser obtidas a qualquer hora do dia ou da noite, independentemente das condições meteorológicas, pois o sinal é capaz de atravessar as nuvens, explica a Aeronáutica. Dessa forma, é possível o monitoramento continuado das áreas de interesse do Brasil.
As imagens captadas serão utilizadas em apoio ao combate ao tráfico de drogas e mineração ilegal (garimpo), atualização de produtos cartográficos, determinação da navegabilidade dos rios, visualização de queimadas, monitoramento de desastres naturais, vigilância da ZEE (Zona Econômica Exclusiva) e apoio das operações de vigilância e controle das fronteiras, entre outras capacidades.