Os ministros da Defesa da Argentina e da Dinamarca am nesta terça-feira (26) a carta de intenções para a compra de 24 caças F-16 Fighting Falcon pelo país sul-americano. O documento é o último o antes de Buenos Aires a compra dos jatos dinamarqueses usados.
Pelas redes sociais, Luis Petri e seu colega dinamarquês Troels Lund Poulsen celebraram o acordo, que precede a aquisição dos caças supersônicos. “Estamos lançando as bases para a cooperação na área da defesa entre a Dinamarca, os Estados Unidos e a Argentina. Continuamos a reforçar as nossas forças e a recuperar a capacidade supersónica que nos permite guardar e defender o nosso espaço aéreo”, disse Petri. A participação dos EUA no acordo também foi mencionada por Poulsen em publicação no X.
Recibimos la visita del Ministro de Defensa de Dinamarca @troelslundp, con quien firmamos una carta de intención para la adquisición de las aeronaves F-16 y el equipamiento de apoyo. Estamos sentando las bases para la cooperación en el área de defensa entre Dinamarca, EEUU y… pic.twitter.com/ZNHqw6TO0k
— Luis Petri (@luispetri) March 26, 2024
A participação dos EUA no acordo também foi mencionada por Poulsen em publicação no X. Em outubro do ano ado, Washington aprovou a venda dos F-16 aposentados pela Força Aérea Real Dinamarquesa (RDAF) à Argentina. Com a eleição de Javier Milei para presidência, a seleção do F-16 como novo avião de caça da Força Aérea Argentina (FAA) foi confirmada em dezembro.
Segundo o portal Pucará Defensa, Buenos Aires e Copenhague devem a compra dos aviões no dia 15 de abril, encerrando quase 10 anos de ‘jejum supersônico’ no país. Em 2015 a FAA aposentou seus caças Dassault Mirage III e demais variantes. Os A-4 Skyhawk modernizados ficaram responsáveis pela defesa aérea do país, que seguiu buscando por aviões no mercado.
Jeg mødtes i dag med min argentinske ministerkollega @luispetri i Buenos Aires for at underskrive en hensigtserklæring om salg af danske F-16-kampfly til Argentina. Salget af F-16-fly til Argentina er sket i samarbejde med USA. pic.twitter.com/wz2lgQlz6X
PUBLICIDADE — Troels Lund Poulsen (@troelslundp) March 26, 2024
Apesar da oferta de vários modelos, fossem novos ou usados, a Argentina sempre esbarrava em dois grandes problemas: a longa crise econômica enfrentada pelo país, que impedia o uso dos recursos para comprar os aviões; e o embargo imposto pelo Reino Unido após a Guerra das Malvinas/Falklands em 1982. A maioria dos aviões de caça do Ocidente possuem componentes britânicos, principalmente assentos ejetáveis. Logo, toda tentativa de compra foi impedida por Londres imediatamente.
Assinado o compromisso hoje, a novela está finalmente acabando. Conforme noticiado antes, a Argentina vai pagar US$ 650 milhões em 24 caças F-16 em condições de voo, um F-16 para treinamento em solo, pods para identificação de alvos e orientação de bombas, capacetes JHMCS com display integrado, motores sobressalentes e novos mísseis e bombas inteligentes.
Conforme o cronograma citado pelo portal Pucará, o F-16 de treinamento em solo será entregue ainda em 2024. A entrega dos caças operacionais começa em 2025 e se estende até 2028, com a transferência de seis F-16 por ano.
