Uma delegação da Força Aérea da Argentina (FAA) visitou nesta última semana Chengdu, na China, para avaliar a compra de caças JF-17, que podem compor em breve a defesa do país.
Uma equipe com técnicos e pilotos da FAA avaliaram as capacidades do possível novo vetor da Argentina. Entre as discussões também estava a possibilidade de empresas como FADEA, Tandanor e Fabricaciones Militares, de origem argentina, participarem da fabricação de componentes dos JF-17.
O JF-17 é um caça desenvolvido pelo Paquistão em conjunto com a China (que o designa FC-1), onde os paquistaneses detém 58% da fabricação das peças e a China os 42% restantes.
A empresa chinesa CATIC colocou à disposição da delegação argentina diversas documentações técnicas e até um simulador de voo para que familiarização dos pilotos com o modelo JF-17 Thunder.
Apesar da Argentina negar interesse em comprar os caças, pelo menos desde 2020 a China negocia a aquisição de um lote com 12 caças PAC JF-17A/B Bloco III. Uma visita à China de delegações da Forças Armadas Argentinas acontecerá em março deste ano, possivelmente para alinhar detalhes técnicos da aquisição.
A compra desse lote é avaliada em US$ 664 milhões.
O JF-17 é um caça desenvolvido pelo Paquistão em conjunto com a China (que o designa FC-1), onde os paquistaneses detém 58% da fabricação das peças e a China os 42% restantes. O motor é o Klimov RD-93 de origem russa, baseado no RD-33 usado no MiG-29 Fulcrum e demais caças da família, capaz de impulsionar o caça à velocidades próximas de Mach 1.8 (cerca de 2205 Km/h).
A aeronave pode empregar uma série de mísseis ar-ar e ar-solo, bombas guiadas, pods e sensores e está operacional nas forças aéreas do Paquistão, Nigéria e Myanmar.
A embaixada argentina na China disse que a cooperação de segurança com a China não se limita a avaliar a aquisição de aeronaves JF-17. O país também se interessou por blindados fabricados na China, e pode até adquirir sistemas de defesa antiaérea fabricados pelos chineses.

O JF-17 não é atualmente a única opção da China. Nas próximas semanas a mesma delegação viaja para a Dinamarca, onde avaliarão a aquisição de caças F-16 usados.
Desde que a Força Aérea Argentina aposentou os caças Mirage em 2015, o país vem tentando adquirir aeronaves de combate supersônicas para atuar nas missões de defesa aérea, que hoje são realizadas por poucos A-4AR Fightinghawk.
Todavia, as tratativas acabam esbarrando no bloqueio britânico, por conta dos conflitos pelas Ilhas Falklands/Malvinas, em 1982, onde o Reino Unido saiu vitorioso. No ano ado, o governo britânico bloqueou, definitivamente, a compra de aeronaves KAI FA-50, da Coreia do Sul, pela Argentina.