A Lockheed Martin e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD0 am o contrato para iniciar a integração de um novo míssil antirradar aos caças stealth F-35 Lightning II. Chamado de AGM-88G Advanced Anti-Radiation Guided Missile – Extended Range (AARGM-ER), o armamento de última geração será incorporado ao leque de armas das três variantes do jato de quinta geração (A, B e C).
Avaliado em US$ 97,3 milhões, o acordo é uma modificação contratual que cobre o início do desenvolvimento do programa de integração do AARGM-ER aos F-35A, F-35B e F-35C. Isso inclui “a aquisição de hardware incidental associado” para as forças armadas dos EUA (Força Aérea, Marinha e Fuzileiros Navais), clientes estrangeiros e participantes fora do espectro do DoD.
A nota do Pentágono, publicada no dia 12/01, ainda menciona outros países que operam o F-35 e deverão receber o AGM-88G, especificamente a Austrália, Canadá, Reino Unido, Noruega, Itália, Holanda e Dinamarca. A Lockheed, fabricante do jato, deverá realizar o desenvolvimento laboratorial de reprogramação para caças F-35 do Lote 17 desses clientes.

Com a integração, o F-35 terá um míssil antirradar pela primeira vez. Desenvolvido e fabricado pela Northrop Grumman, o AGM-88G é uma versão atualizada do AGM-88E AARGM, projetado especialmente para o F-35. Isso porquê a versão anterior não caberia na baia de armas da aeronave, afetando, por sua consequência, sua capacidade furtiva.
O míssil de nova geração utiliza os mesmos sensores, ogiva e uma versão modificada da seção de controle comum do AGM-88E, montados em uma fuselagem nova e com um motor mais potente. Também chamado de míssil antirradiação, o armamento é usado em mísseis de Supressão de Defesas Aéreas Inimigas (SEAD), disparado contra radares de sítios antiaéreos. A Marinha dos EUA tem trabalhado para integrar o AARGM-ER em sua frota de caças F/A-18 Super Hornet e jatos de ataque eletrônico EA-18G Growler.