Queridos leitores, em maio de 2023, a América Latina e o Caribe (LAC) superou, pela segunda vez neste ano, os níveis de tráfego de ageiros de 2019. No entanto, neste mês, o Oriente Médio se posicionou como a região com maior recuperação no mundo, excedendo 3,2% em relação aos níveis de maio de 2019.
A região apresenta excelente desempenho em termos de movimentação de ageiros domésticos e internacionais. Vale ressaltar que, pela primeira vez após a pandemia, o Brasil superou o número de ageiros domésticos com 7,3 milhões de ageiros (+3%). Assim como Argentina e Chile continuam com a tendência de crescimento, superando seus níveis de 2019.
A aviação tem se mostrado um serviço essencial para a população. Prova disso é que alguns dos países com menor crescimento econômico foram os que mais transportaram ageiros, como é o caso do Brasil, México, Colômbia e Chile, onde México e Colômbia se recuperaram totalmente tanto no tráfego doméstico quanto no internacional.

O Banco Mundial estima uma desaceleração do crescimento econômico na LAC para 1,5% em 2023, o que representa uma queda de 0,2 pontos em relação às suas previsões de janeiro de 2023, portanto, para este ano, são esperadas políticas monetárias restritivas devido à inflação interna que continua sendo alta. No entanto, com as taxas de desemprego em níveis historicamente baixos, a demanda por viagens aéreas deve permanecer estável, apesar da redução do poder de compra do consumidor devido à inflação.
Todos esses fatores traçam um panorama complexo, por isso as agendas de estado são importantes para continuar desenvolvendo um setor essencial, gerador de empregos e oportunidades.
Esta tendência será discutida no ALTA AGM & Airline Leaders Forum em Cancún, de 22 a 24 de outubro. Os tomadores de decisão do setor (público e privado) se reunirão para debater sobre os desafios e oportunidades mais urgentes na região.
Com números cada vez mais ascendentes, mesmo com adversidades que o setor ainda enfrenta, é hora de reforçar perante a sociedade o papel da aviação como mola propulsora da economia.
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Por José Ricardo Botelho – CEO da ALTA