A Boeing anunciou recentemente algumas decisões importantes sobre dois programas de aeronaves, bem como o futuro do quadro operacional da empresa.
Em um só anúncio, a empresa cortará 10% da sua força de trabalho (cerca de 17.000 postos), incluindo também o adiamento do programa 777X para 2026 e o fim do da produção do 767 cargueiro em 2027.
“Nosso negócio está em uma posição, e é exagerar os desafios que enfrentamos juntos. Além de navegar em nosso ambiente atual, restaurar nossa empresa exige decisões difíceis e estamos fazendo mudanças estruturais para garantir que permaneçamos competitivos em um longo prazo”, disse Kelly Ortberg, CEO e presidente da Boeing.
Ortberg anunciou também que as novas decisões do fabricante refletem marcos importantes para a recuperação da empresa, marcada com problemas de produção e acidentes com Boeing 737 MAX.
Acerca dos cortes de empregos, analistas entendem a decisão como uma resposta à greve de 33.000 funcionários, incluindo demissões temporárias de executivos e gerentes. Por outro lado, a Boeing justifica o corte como parte do seu reajuste de custos.
Até o momento, os trabalhadores em greve ainda não receberam o último salário integral, perderam o seguro saúde desde o fim de setembro e não há a estimativa para uma nova negociação entre a empresa e os grevistas.
Já no programa 777X, a Boeing decidiu por adiar o programa até 2026 após inúmeros atrasos de certificação, interrompendo os testes com a aeronave em agosto deste ano após encontrar danos na fuselagem.
Por fim, a Boeing anunciou também o fim do programa 767F, aeronave que deixará de cumprir alguns requisitos ambientais, limitando o uso da aeronave em mercados importantes fora dos Estados Unidos. Anteriormente, o 767F estava programado para ser produzido até 2028 após a aprovação de um projeto de lei no congresso norte-americano e com aval da FAA.
Atualmente, a Boeing produz somente a versão cargueira do 767-300, bem como o avião-tanque KC-46A Pegasus, oriundo da plataforma 767-200.
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