Pouco antes de começar o Paris Air Show, algumas novidades já foram divulgadas. A Boeing, fabricante norte-americana anunciou através do CEO da Boeing Global Services (BGS) que a empresa não planeja mais criar uma linha própria de conversão e desenvolvimento para uma aeronave cargueira do 777-300.
Stephanie Pope deu esta declaração em uma coletiva de imprensa antes do início do Paris Air Show 2023, se referindo aos custos da linha de conversão do gigante avião:
“Nós licenciamos Propriedade Intelectual para três provedores no mercado hoje. Somos parceiros e apoiamos isso. Você adoraria ter a economia e decidimos que, a partir de uma implantação de capital, não era apenas uma área que pensávamos poder investir para entregar o valor aos nossos clientes. Existem outras oportunidades para nós.”
Uma linha de conversão para o 777-300 estava nos planos da Boeing desde meados de 2018 em declaração dada pelo então CEO da BGS, Stan Deal. A Israel Aerospace realizou em 2022 a conversão do primeiro 777-300ER em cargueiro que realizou seu primeiro voo neste ano e ainda não foi certificado.
O executivo que agora é CEO da Boeing Commercial Airplanes (BCA) diz que o foco está em um novo projeto cargueiro com base na aeronave 787.

Os estudos para uma linha de conversão para o Boeing 787 vão abrager a conversão do modelo de ageiros 787-8, além de uma aeronave fabricada já como cargueiro. Deal disse ainda que os estudos também estão sendo analisados para a versão mais popular do programa que é a -9.
Os estudos estão sendo realizados com diversas companhias aéreas no mundo todo para avaliar as condições do mercado, já que a linha de conversão para o 777-300 segundo a Boeing se torna inviável.
Além disso há um consenso de que o novo cargueiro com base no Dreamliner viria para substituir o veterano Boeing 767-300F. A motivação do novo projeto também se dá pelos novos padrões adotados pela ICAO em relação as emissões aplicados em 2017.
Os novos padrões irão proibir a fabricação da linha Boeing 767 a partir de 2028 em razão dos motores não estarem aptos aos critérios da ICAO, algo que a FAA também deverá seguir.
Em declaração a portal Leeham News, Stan Deal reconheceu que a atual linha de fabricação do Boeing 767-300ERF é benefica pois reduz os custos de fabricação do KC-46A que tem como base o 767-200ER. Além disso, ainda há mercado para o modelo que tem como maior operadora a FedEx.
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Com informações do Leeham News