A Boeing registrou receita de US$ 16,9 bilhões no segundo trimestre, prejuízo GAAP por ação de US$ 2,33 e prejuízo principal por ação (não GAAP)* de US$ 2,90 (Tabela 1). O fluxo de caixa operacional foi de US$ 3,9 bilhões e o fluxo de caixa livre, de US$ 4,3 bilhões (não GAAP)*. Os resultados refletem principalmente um volume menor na entrega comercial e perdas em programas de desenvolvimento de defesa de preço fixo.
“Apesar de um trimestre desafiador, estamos fazendo um progresso substancial no fortalecimento de nosso sistema de gestão de qualidade e preparando nossa empresa para o futuro”, disse Dave Calhoun, presidente e CEO da Boeing. “Estamos executando nosso plano abrangente de segurança e qualidade e chegamos a um acordo para adquirir a Spirit AeroSystems. Embora tenhamos mais trabalho pela frente, as medidas que estamos tomando vão ajudar a estabilizar nossas operações e garantir que a Boeing seja a empresa que o mundo precisa que ela seja. Estamos fazendo um progresso importante em nossa recuperação e continuaremos a gerar confiança por meio de ações e transparência.”
O fluxo de caixa operacional foi de (US$ 3,9) bilhões no trimestre, refletindo um redução nas entregas comerciais, bem como um momento desfavorável de capital de giro (Tabela 2).
O caixa e os investimentos em títulos negociáveis totalizaram US$ 12,6 bilhões, em comparação com US$ 7,5 bilhões no início do trimestre, impulsionados pela emissão de US$ 10,0 bilhões de nova dívida parcialmente compensada pelo uso do fluxo de caixa livre no trimestre (Tabela 3). A dívida foi de US$ 57,9 bilhões, um aumento em relação a US$ 47,9 bilhões no início do trimestre devido à emissão de nova dívida. A empresa tem o a linhas de crédito de US$ 10 bilhões, que permanecem não sacadas.
A carteira de pedidos total da empresa no final do trimestre foi de US$ 516 bilhões.
Resultados por segmento
Aviões Comerciais
Durante o trimestre, a empresa enviou seu plano abrangente de segurança e qualidade à istração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês).
O programa 737 aumentou gradualmente a produção durante o trimestre e ainda planeja aumentar a produção para 38 unidades por mês até o final do ano. O programa 787 mantém planos de retornar para 5 unidades por mês até o final do ano. Em julho, a empresa anunciou um acordo para adquirir a Spirit AeroSystems, e o programa 777X iniciou os testes de voo de certificação da FAA após obter autorização de inspeção de tipo.
O segmento entregou 92 aviões durante o trimestre e a carteira de pedidos incluiu mais de 5.400 aviões avaliados em US$ 437 bilhões.
Defesa, Espaço e Segurança
A receita para o segundo trimestre de Defesa, Espaço e Segurança foi de US$ 6,0 bilhões. A margem operacional para o segundo trimestre de (15,2 %) reflete principalmente US$ 1 bilhão em perdas em certos programas de desenvolvimento de preço fixo, incluindo um prejuízo US$ 391 milhões no programa KC-46A, em grande parte motivada por uma desaceleração da produção comercial e restrições da cadeia de suprimentos. As perdas registradas nos programas T-7A, VC-25B e Commercial Crew refletem custos estimados mais altos de engenharia e fabricação, bem como desafios técnicos.
Durante o trimestre, o segmento conquistou um contrato para sete helicópteros MH-139A da Força Aérea dos EUA e entregou o primeiro CH-47F Block II Chinook ao Exército dos EUA. A carteira de pedidos de Defesa, Espaço e Segurança foi de US$ 59 bilhões, dos quais 31% representam pedidos de clientes fora dos EUA.
Serviços Globais
A receita para o segundo trimestre de Serviços Globais de US$ 4,9 bilhões e a margem operacional de 17,8% refletem volume comercial e mix mais altos.
Durante o trimestre, o segmento garantiu um contrato de logística baseado em desempenho para o Apache do Exército dos EUA e conquistou contratos de serviço FliteDeck Pro com a Hainan Airlines e a Ryanair.
Leia também:
- Avianca apresenta resultados de sua campanha contra o tráfico de pessoas
- Boeing seleciona seu novo CEO
- Com lucro surpresa, JetBlue adia a entrega de aviões
Com informações: Boeing