Boeing e Embraer chegam a acordo, com Boeing pagando US$ 150 milhões por contrato frustrado em 2020

Boeing e Embraer chegam a acordo, com Boeing pagando US$ 150 milhões por contrato frustrado em 2020

Após um longo período de arbitragem, a Boeing aceitou pagar US$ 150 milhões à Embraer como compensação pelo cancelamento da proposta de fusão. A parceria, anunciada em julho de 2018, previa a aquisição de 80% das operações de aeronaves comerciais da Embraer por US$ 4,2 bilhões, visando competir com o A220 da Airbus.

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A fusão buscava combinar a experiência da Embraer em aviões menores com a cadeia de suprimentos da Boeing, trazendo vantagens para ambas as partes no mercado de aviação. Além disso, os fabricantes têm planos para uma segunda t venture, focada na venda do C-390 Millennium.

Contudo, em 2020, com a pandemia esmagando a indústria da aviação e a Boeing enfrentando dificuldades com o 737 MAX, a empresa optou por desistir da ideia. A Embraer, antecipando o acordo, havia iniciado a separação de sua unidade de aeronaves comerciais e colocado outros projetos em espera. Esse movimento levou a um processo de arbitragem quando o acordo fracassou a dois meses de sua conclusão. Ontem, a Boeing emitiu um comunicado confirmando que um acordo foi firmado com a fabricante brasileira e afirmou:

“Estamos satisfeitos por termos concluído o processo de arbitragem com a Embraer. Mais amplamente, estamos orgulhosos de nossos mais de 90 anos de parceria com o Brasil e esperamos continuar a contribuir para a indústria aeroespacial no Brasil.”

Embora o financiamento extra possa ser benéfico, as ações da Embraer sofreram uma queda de 4,5% após o anúncio, com muitos analistas apontando que o valor acordado com a Boeing é inferior ao valor esperado inicialmente.

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