A Boeing confirmou para a FAA que a certificação do 737 MAX 10 realmente será atrasada, em um novo documento enviado para a agência. A nova previsão é certificar esta versão após julho de 2023, e no mais tardar até o final do próximo ano.
O atraso na certificação do 737 MAX 10 já era esperado, devido ao nível de preocupação da Boeing com as novas diretrizes de certificação de aeronaves aprovadas pelo Congresso dos EUA.
O motivo é a entrada em vigor, a partir de 2023, de um novo padrão que modernizará o Sistema de Indicação de Motores e Alerta de Tripulação (EICAS).
O grande problema da Boeing é que somente a família 737/737 MAX não está equipada com esse sistema mais moderno, e se a certificação for realizada após 2023, a fabricante norte-americana precisará fazer modificações no EICAS, diferenciando essas versões do restante da família 737 MAX.
Deste modo, a Boeing precisará buscar uma autorização separada, para conseguir certificar o 737 MAX 10 com o mesmo EICAS do restante da família, como presente no MAX 8 e MAX 9. A boa notícia é que o Congresso dos EUA concedeu recentemente uma isenção de dois anos para certificar aviões sem o novo EICAS.
Cogita-se que, com a certificação do 737 MAX 10, o aumento da produção de aviões da família 737 MAX e a retomada das entregas do 787, a Boeing consiga retomar aos lucros. O 737 MAX 10 é um dos maiores sucessos dessa família de aeronaves, com mais de 550 encomendas firmes.
Com capacidade para até 230 ageiros e alcance de 5800 quilômetros, o 737 MAX 10 é o maior avião da família 737 MAX, oferecendo maior eficiência de combustível.