Após a Azul se retirar das interessadas na compra dos ativos da Avianca Brasil, o CADE anunciou que abriu um processo para apurar se pode haver uma redução de competitividade por parte da GOL e da LATAM, e também se houve conduta anticompetitiva.
A informação foi apurada nesta sexta-feira (19/04) pelo Estadão/Broadcast.
“Considerando a já alta concentração do mercado de aviação civil, essa superintendência alerta sobre os efeitos extremamente deletérios ao ambiente concorrencial que a distribuição de slots da Avianca às empresas incumbentes pode acarretar ao mercado de aviação civil”, afirma o texto apresentado pelo Estadão.
O superintendência do Cade (Conselho istrativo de Defesa Econômica) afirmou que não trata as companhias aéreas GOL e LATAM como rés da investigação, mas que elas poderão ser multadas, assim como a Avianca.
Quando o novo modelo de divisão da Avianca Brasil foi apresentado, que disponibilizava 7 UPIs, o Cade afirmou que uma nova companhia seria o melhor cenário de concorrência para o setor de aviação, mas concordou que a Azul apresentaria a melhor aquisição entre as companhias que estão no mercado, por operar fortemente em aeroportos distintos aos que a Avianca Brasil opera seus voos.
Um exemplo apresentado pelo CADE envolve o Aeroporto de Congonhas, onde a Azul teria 13% de participação após comprar os slots da Avianca, que soma 8% do tráfego de ageiros no local. Se a LATAM e a GOL adquirissem esses slots, as duas companhias somariam 95% de participação no 2º aeroporto mais movimentado do país.