Com a possibilidade de uma greve de pilotos se aproximando, a Air Canada tem um prazo limitado para negociar com o sindicato e evitar interrupções. A companhia planeja suspender voos e oferecer reembolsos ou mudanças sem custo. Além disso, a Air Canada solicita ao governo federal que se prepare para intervir caso um acordo não seja alcançado.
A Associação de Pilotos de Linha Aérea (ALPA) mostrou insatisfação com o pedido da empresa. Um integrante da ALPA disse à Reuters:
“Não queremos ver nenhuma interferência do governo em nossa negociação coletiva… isso realmente tem o efeito de desequilibrar o equilíbrio de poder em favor do empregador.”
Embora o governo canadense frequentemente intervenha em disputas trabalhistas após o início das greves, a Air Canada busca evitar essa situação. A intervenção recente do Ministro do Trabalho em uma greve ferroviária é vista como um precedente pela companhia.
O Ministro Steven MacKinnon, que planeja se reunir com as partes envolvidas, e o Primeiro-Ministro Justin Trudeau, ambos acreditam que as melhores soluções vêm das negociações diretas.
A Air Canada propôs um aumento salarial de 30% para seus pilotos, mas o sindicato deseja um ajuste que alinhe os salários aos dos pilotos dos EUA. A diferença salarial, que era de 3% em 2013, cresceu significativamente. Pilotos da United Airlines, por exemplo, agora ganham até 92% a mais do que seus colegas canadenses.
O sindicato afirma que não há razão para tamanha diferença salarial. Os dados também indicam que, enquanto os pilotos da Air Canada não receberam aumentos consideráveis recentemente, os salários dos executivos da companhia dobraram na última década.
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