A China já conseguiu certificar, dentro das suas normas aeronáuticas, o avião nacional COMAC C919, contudo, a fabricante enfrentará problemas para entregar todos os aviões prometidos.
De acordo com a China Eastern Airlines, a companhia esperava receber quatro aviões C919 ainda em 2022, mas talvez somente o primeiro avião produzido em série seja entregue para a companhia aérea chinesa.
A companhia declarou que os aviões restantes serão entregues ao longo de 2023, e não relatou por agora se no próximo ano haverá novos atrasos nas entregas do avião narrowbody, que concorre com as aeronaves 737 MAX da Boeing e A320neo da Airbus. Ao todo são cinco encomendas da China Eastern para o C919.

O COMAC C919 é bem semelhante com o A320 da Airbus, medindo 38,9 metros de comprimento, 35,8 metros de asa, altura de aproximadamente 12 metros e largura de cabine de 3,9 metros.
No geral está disposto 3 versões para compra que alcança de 156 ageiros até 174 quando em configuração de única classe com alta densidade. A aeronave da COMAC tem uma autonomia de 4075 km. Uma versão de longo alcance pode voar até 5555 quilômetros.
O seu projeto tem participação de empresas americana e europeias para construir diversos sistemas da aeronave, outro o para a ocidentalização da COMAC. Os motores, por exemplo, são fabricados pela CFM, da mesma linha Leap, que equipa o Airbus A320neo e o Boeing 737 MAX.
Essa é a grande aposta da empresa para concorrer com o Boeing 737 MAX e o Airbus A320neo. A aeronave já acumula mais de 700 encomendas, todas por companhias aéreas da China.
A COMAC está desenvolvendo o C919 há 13 anos, e deve estrear a aeronave com atraso até mesmo em relação ao novíssimo MC-21, fabricado pela Rússia.