A subsidiária americana da Saab, a Saab North America, foi intimada pelo Departamento de Justiça dos EUA a prestar informações sobre o contrato de compra de 36 caças Gripen E/F pelo Brasil em 2014. Em nota de 10 de outubro de 2024, a empresa garantiu sua total cooperação com o DoJ e afirmou que fornecerá os dados exigidos.
O programa FX-2, que coordenou a aquisição de novos caças para o Brasil, ocorreu de 2008 a 2014. A Saab foi escolhida para fornecer 36 caças Gripen E/F à Força Aérea Brasileira (FAB) por US$ 5,4 bilhões, superando os concorrentes F-18 Super Hornet da Boeing e Rafale da Dassault Aviation. O contrato incluía uma previsão para a produção futura dos Gripen em solo brasileiro.
Investigações conduzidas por autoridades suecas e brasileiras sobre a aquisição dos caças foram encerradas sem encontrar irregularidades envolvendo a Saab, já que, em 2016, promotores brasileiros acusaram o atual (e também na época) presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar sua influência para favorecer a Saab no processo de licitação.
Todavia, sua equipe jurídica classificou essas acusações como politicamente motivadas.
Apesar da controvérsia, a FAB manteve sua escolha, destacando o Gripen como a opção mais adequada para substituir os 40 antigos caças Northrop F-5, que ainda formam a maior parte de sua frota. Em 2022, o Brasil fez um novo pedido de mais quatro caças Gripen.
Desde novembro de 2021, as entregas dos caças estão em andamento. O Esquadrão ‘Jaguar’ do 1º Grupo de Defesa Aérea da FAB conta com nove F-39E monopostos, e as entregas restantes estão programadas para serem concluídas até 2027. Em agosto de 2023, o governo brasileiro anunciou um pedido de aquisição de 34 caças Gripen F-39.
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