Em um contrato histórico, os Emirados Árabes Unidos am hoje (03) a compra de 80 caças Dassault Rafale e 12 helicópteros Airbus H225M Caracal.
O negócio, avaliado em 17 bilhões de euros, aponta o Governo Francês, foi assinado na presença do Presidente Emmanuel Macron, do Sheik Mohammed ben Zayed Al Nahyane, Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi e Vice-Comandante das Forças Armadas dos EAU, Eric Trappier, presidente e CEO da Dassault e Tareq Abdul Raheem Al Hosani, CEO do Conselho Econômico de Tawazun, responsável pelas aquisições de segurança e defesa do país.
O contrato é inédito pois é a maior compra unitária de um cliente de exportação do caça francês. Além disso, todos serão da variante F4, a mais avançada e que ainda se encontra em fase de testes.
A mais recente vitória da Dassault e da França ocorre pouco mais de uma semana depois que a Croácia oficializou a compra de 12 Rafales para substituir seus antigos MiG-21. Em setembro, a Grécia anunciou o desejo de comprar mais seis caças. Já o Egito fechou a compra de mais 30 Rafales no Dubai Airshow.

Segundo a fabricante, este contrato é o resultado da mobilização total da Dassault Aviation ao lado da Força Aérea dos Emirados Árabes e vem na parte de trás de uma relação de confiança de mais de 45 anos entre os Emirados Árabes Unidos e a empresa, construída sobre a família de caças Mirage, notavelmente o Mirage 2000-9, cuja modernização começou há dois anos.
“Este é um resultado da parceria estratégica entre os dois países, consolidando a sua capacidade de atuar em conjunto pela sua autonomia e segurança”, disse o Governo Francês em comunicado.
No Twitter, a Ministra da Defesa Florence Parly celebrou a do acordo: “uma parceria estratégica mais forte do que nunca. Orgulho de ver a excelência industrial sa no topo.”
80 Rafale. Signature d’un contrat historique avec les Émirats arabes unis. Un partenariat stratégique plus solide que jamais. Fière de voir l’excellence industrielle française au sommet.
PUBLICIDADE — Florence Parly (@florence_parly) December 3, 2021
🇫🇷🤝🇦🇪 Suite à la signature du contrat de vente de 80 Rafale et 12 Caracal aux Émirats Arabes Unis, l'armée de l'Air et de l'Espace se félicite d'entretenir la collaboration étroite avec son partenaire historique. pic.twitter.com/ABTj5kKpS5
— Armée de l'Air et de l'Espace (@Armee_de_lair) December 3, 2021
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“A venda de 80 Rafale para a Federação dos Emirados Árabes Unidos é uma história de sucesso da França: estou muito orgulhoso e muito feliz com o resultado. Desejo agradecer às autoridades dos Emirados por sua confiança renovada em nossas aeronaves”, disse o CEO da Dassault.
“Após o Mirage 5 e o Mirage 2000, este contrato Rafale consolida a relação estratégica que une nossos dois países e a satisfação da Força Aérea dos Emirados, parceira de longa data e exigente de nossa empresa. Desejo sublinhar a qualidade e eficácia da relação entre as autoridades sas e a indústria, que contribuíram para este sucesso da equipe França.”

A compra dos Rafales também pode ser um sinal ruim para a Rússia. Neste ano, a Sukhoi apresentou o Su-75 Checkmate, novo caça de 5ª Geração. A aeronave, que deve voar apenas em 2023, é voltada ao mercado de exportação e os Emirados Árabes são uma das nações vistas com cliente em potencial.
Além disso, Abu Dhabi já tem um forte interesse no F-35 Lightning II dos EUA. A compra de 50 destes caças foi cancelada temporariamente em janeiro, logo após a posse de Joe Biden. No entanto, em abril, a nova istração decidiu seguir em frente com o negócio. Ainda assim, nenhum contrato foi oficializado até o momento.
Steve Trimble, do Aviation Week, observa que a recente compra de Rafale pode diminuir o o número de F-35 adquiridos, mas não deve impedir o acordo com Washington.
https://twitter.com/TheDEWLine/status/1466759153569910787