<p><p>As ações da Azul e GOL Linhas Aéreas caíram forte desde a quarta-feira de cinzas do carnaval, devido à alta recorde da cotação do dólar (apesar de não ser a máxima histórica quando corrigimos pelo IPCA) e os efeitos do Coronavírus, principalmente nas viagens aéreas.</p>
<p>Enquanto a crise no setor aéreo afeta principalmente companhia europeias e asiáticas, no Brasil o coronavírus (e a alta das moedas estrangeiras) está no máximo neste momento causando uma redução considerável da demanda por voos internacionais nos próximos meses.</p>
<p>No entanto, a LATAM Brasil já oferece uma opção ao cliente que deverá se tornar temporariamente padrão nos próximos meses, a remarcação gratuita dos voos, principalmente os internacionais.</p>
<p style="text-align: center;"><span style="font-size: 10pt;"><em>O texto abaixo inclui apenas as empresas listadas na B3.</em></span></p>
<p>Mas a acentuada queda nas ações das companhias aéreas locais surpreendeu, desde o dia 26 de fevereiro.</p>
<p>Antes do Carnaval, no dia 21 de fevereiro, as ações da GOL (GOLL4) fecharam com cotação de R$ 33,82, logo após do carnaval, no dia 26 de fevereiro, as ações da companhia fecharam com queda, cotadas a R$ 28,98, desde então as ações da GOL atingiram uma mínima de R$ 20,65, uma desvalorização de quase 39% desde o dia 21.</p>
<p>Nesta sexta-feira as ações da GOL fecharam com alta de quase 2%, cotadas a R$ 21,05, um fôlego extra para a empresa.</p>
<p><img class="aligncenter size-medium wp-image-70628" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/09/DSC0811_DxOeee-800x532.jpg" alt="" width="800" height="532" /></p>
<p>Já na Azul a situação foi igualmente acentuada. No dia dia 21 de fevereiro, as ações da Azul (AZUL4) fecharam com cotação de R$ 55,65, logo após do carnaval, no dia 26 de fevereiro, as ações da companhia fecharam com uma queda similar, cotadas a R$ 48,25, desde então as ações da Azul atingiram uma mínima de R$ 38,25, uma desvalorização de 31,26% desde o dia 21.</p>
<p>Nesta sexta-feira as ações da Azul fecharam com alta de aproximadamente 1,1%, cotadas a R$ 38,68, recuperando minimamente a queda dos dias anteriores.</p>
<p>A perspectiva de melhora dessa sexta-feira (06) foi causada por uma queda no preço dos barris de petróleo, ao mesmo momento que a cotação do dólar dava indícios que começaria a ficar estável.</p>
<p>Vale ressaltar aqui a volatilidade do mercado de aviação, principalmente das companhias aéreas ao dólar. Uma companhia aérea tem boa parte do seu custo atrelado à cotação do dólar, e o mesmo pode variar absurdamente de um mês para outro, como nessa situação.</p>
<figure id="attachment_51733" aria-describedby="caption-attachment-51733" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-51733 size-medium" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2018/12/DSC3314_DxO-800x531.jpg" alt="" width="800" height="531" /><figcaption id="caption-attachment-51733" class="wp-caption-text">A frota é quase toda arrendada, e a companhia paga todos os meses para utilizar os aviões. Esse modelo é seguido por centenas de empresas em todo o mundo.</figcaption></figure>
<p>Na frota das companhias aéreas brasileira a maior parte dos aviões em atividade são arrendados, através de contratos com empresas estrangeiras. Mesmo as aeronaves fabricadas no país, como os E-Jets da Embraer, são vendidos em dólar, e o leasing depois também é negociado em dólar.</p>
<p>Outros custos, como o combustível (que pode ser 1/3 da despesa da empresa) e a manutenção dos seus aviões, também estão atrelados à cotação do dólar.</p>
<p>No final as companhias perderam R$ 3,53 bilhões em valor de mercado, desde o início da crise do coronavírus.</p>
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<p><strong>Luz no fim do túnel</strong></p>
<p>Enquanto o coronavírus continua a assustar as empresas, visto que muitas estão fechando escritórios temporariamente e até mesmo paralisando a linha de produção, também podemos ver que a crise pode durar poucos meses.</p>
<p>Os investidores ainda estão receosos no mercado devido à falta de indícios que o coronavírus atingiu seu pico, algo que só acontecerá quando o número de casos começar a cair, no entanto, como é uma crise humanitária (e de saúde) o quadro pode se estabilizar até o final de 2020, caso o combate na disseminação do vírus for realmente eficaz em todos os países.</p>
<p>A queda nas ações, e no valor de mercado, não é exclusivo das companhias aéreas neste momento. Várias empresas estão enfrentando a mesma situação, no entanto, o primeiro o neste caso de disseminação é uma retração brusca das viagens entre as cidades, visto que as pessoas evitam a todo custo o contágio pelo Covid-19.</p>
<p>Assim como as outras empresas, o setor de aviação deve se recuperar logo quando o surto ar, nos próximos meses.</p>
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