<p><p>O arsenal dos Estados Unidos conta com uma infinita quantidade de bombas de vários tipos e variantes para uma multiplicidade de missões. As <a href="https://www.aeroflap.com.br/a-10-thunderbolt-ii-carrega-16-bombas-sdb-em-voo-de-teste/">SDB</a>, Paveway e JDAM/LJDAM, bem como as bombas burras da série Mk.80, são as mais conhecidas e usadas no geral. </p>
<p>No entanto, existe uma certa bomba &#8220;especial&#8221;, carregada exclusivamente pelo avião mais caro da frota norte-americana, o bombardeiro B-2 Spirit. Seu nome: GBU-57 Massive Ordnance Penetrator (MOP). Uma bomba de 30 mil libras (13.620 kg) e seis metros de comprimento, feita para atingir alvos importantes protegidos por bunkers extremamente reforçados. </p>
<figure id="attachment_163286" aria-describedby="caption-attachment-163286" style="width: 950px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-163286 size-full" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2022/04/B-2_GBU-57_Jim.jpg" alt="B-2 MOP GBU-57" width="960" height="643" /><figcaption id="caption-attachment-163286" class="wp-caption-text">Foto: Jim Mumaw/The Aviationist.</figcaption></figure>
<p>A história da MOP começa em meados de 2002, quando as companhias Lockheed Martin e Northrop Grumman (fabricante do B-2) estavam trabalhando juntas para desenvolver uma bomba do tipo. Todavia, problemas com orçamento paralisaram o projeto. </p>
<p>Em 2003, os EUA e sua coalizão invadiram o Iraque alegando que o regime de Saddam Hussein possuía e iria empregar armas de destruição em massa. Análises das munições de penetração empregadas na guerra, como a BLU-109 , revelaram que sua capacidade era insuficiente para as missões que a USAF precisaria cumprir.</p>
<p>Sendo assim, a Força Aérea, através da Diretoria de Munições do seu Laboratório de Pesquisas (AFRL) contratou a Boeing em novembro de 2004 para desenvolver, testar e fabricar a GBU-57 MOP. Este primeiro contrato foi avaliado, na época, em US$ 20 milhões. </p>
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<h2><strong>Testes</strong></h2>
<p>Em março de 2007 foram realizados os primeiros testes de explosão estática da ogiva da GBU-57. Os chamados &#8220;testes de letalidade em túnel estático&#8221; ocorreram de maneira bem-sucedida em um túnel da Agência de Redução de Ameaças de Defesa (DTRA), no Estande de Mísseis de White Sands, no estado do Novo México.</p>
<figure id="attachment_163284" aria-describedby="caption-attachment-163284" style="width: 990px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-163284 size-full" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2022/04/GBU-57_TESTE.webp" alt="" width="1000" height="751" /><figcaption id="caption-attachment-163284" class="wp-caption-text">MOP durante os ensaios em White Sands. Foto: DoD.</figcaption></figure>
<p>Concluída esta etapa, foram realizados os testes de lançamento em voo com o B-52, entre novembro de 2007 e julho de 2008, para avaliar as capacidades de penetração e letalidade da bomba. A GBU-57 foi testada contra bunkers e túneis da DTRA, também em White Sands. </p>
<figure id="attachment_163285" aria-describedby="caption-attachment-163285" style="width: 1089px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-163285 size-full" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2022/04/1573127617_gbu-57-3.webp" alt="" width="1099" height="1400" /><figcaption id="caption-attachment-163285" class="wp-caption-text">B-2 lançando a MOP. Foto: USAF.</figcaption></figure>
<p>Apesar de ter sido lançada pelo B-52 durante os ensaios, a GBU não foi integrada nesta aeronave. </p>
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<h2><strong>Em serviço com o B-2</strong></h2>
<p>A partir de julho de 2007 a Northrop começou a integrar a MOP na sua plataforma de lançamento, o B-2 Spirit. Em setembro de 2011 a Boeing iniciou as entregas das 20 primeiras unidades operacionais da GBU-57, adquiridas pelo Comando de Ataque Global da USAF (AFGSC). </p>
<p>A GBU-57 pesa quase quatro toneladas a mais que a GBU-43/B Massive Ordnance Air Blast &#8211; conhecida pelo apelido de &#8220;Mãe de Todas as Bombas&#8221; &#8211; e o B-2 consegue carregar duas ao mesmo tempo, uma em cada baia de armamento, totalizando 60 mil libras de carga útil. </p>
<p>Veja no <a href="https://youtu.be/189RSn6gnxc">vídeo abaixo</a>:</p>
<p><amp-youtube layout="responsive" width="909" height="511" data-videoid="6ZsftEfi_Fs" title="B-2 dropping two MOPs"><a placeholder href="https://youtu.be/6ZsftEfi_Fs"><img src="https://i.ytimg.com/vi/6ZsftEfi_Fs/hqdefault.jpg" layout="fill" object-fit="cover" alt="B-2 dropping two MOPs"></a></amp-youtube></p>
<p>Sua ogiva original BLU-127B contém 5300 libras de explosivos, envoltos numa cápsula feita com liga de ferro e cobalto, desenvolvida especialmente para penetração de concreto reforçado. As variantes A/B, C/B e D/B trouxeram atualizações que não foram reveladas ao público.</p>
<p>Em 2016 a USAF já tinha algumas unidades da verão GBU-57E/B atualizada. Assim como a própria ogiva, não se tem detalhes sobre as novidades desta variante aprimorada, mas a USAF afirma que a sua capacidade de penetração foi aumentada. A resistência do fuso também teria sido aprimorada para garantir que a explosão não ocorra antes que a bomba atinja o alvo. Ao mesmo tempo, a USAF não diz quantas GBU-57 tem em seu inventário, apenas que opera as versões A/B, C/B e E/B. </p>
<figure id="attachment_163294" aria-describedby="caption-attachment-163294" style="width: 630px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-163294 size-full" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2022/04/aVlRuT_VO-4rRtlOo7BGKzzI80pQ5v1jbicYLxME4R4.webp" alt="" width="640" height="963" /><figcaption id="caption-attachment-163294" class="wp-caption-text">Mockup da GBU-57 montado em um simulador da baia de bombas do B-2, usado para treinamento de pessoal de solo. Foto: USAF.</figcaption></figure>
<p>Dito isso tudo, voltamos a principal característica da GBU-57: a capacidade de destruir alvos em bunkers. Segundo os portais Global Security e The War Zone, uma GBU-57 pode atravessar quase 61 metros de concreto reforçado. O segundo site também destaca que por ser guiada por GPS, um B-2 pode atacar exatamente o mesmo local com duas GBU-57, aumentando as capacidades de penetração e destruição de alvos de grande valor, como depósitos de armas de destruição em massa e centros de comando e controle. </p>
<p>No entanto, esta capacidade não foi adquirida de forma barata. O custo de desenvolvimento da GBU-57 MOP gira entre US$ 400 e 500 milhões, e seu preço de produção por unidade fica na casa dos US$ 3,5 milhões.</p>
<p>Apenas para se ter uma ideia de custos, uma bomba GBU-10 de 2000 libras e guiada por laser pode custar US$ 26.000. Já um kit JDAM, também guiado por GPS, gira em torno de US$ 22.000. </p>
<p><img class="aligncenter wp-image-163283 size-full" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2022/04/53855794_1991478131161188_6108565344664682496_n.jpg" alt="" width="632" height="713" /></p>
<p>Ainda assim, é importante destacar que as bombas das séries Paveway, JDAM e as novas e menores SDB tem um emprego infinitamente mais comum e flexível, podendo ser carregadas por quase todos os caças dos EUA, por exemplo. </p>
<p>A GBU-57 MOP tem um emprego muito específico, em missões complexas que envolvem a destruição de alvos de grande importância, de interesse dos EUA e seus parceiros, o que justifica seu alto valor, sua característica estratégica e sua exclusividade de operação com o B-2, uma aeronave furtiva aos radares. </p>
<p> ;</p></p>

Meet the GBU-57 MOP, the B-14 bomber's massive nearly 2-ton bomb


Author Gabriel Centeno
Categories: Articles, Military, News
Tags: B-2 Spirit, Pumps, EUA, usaexport