Enquanto trabalhadores da Boeing votam sobre o contrato, ameaça de greve persiste

Enquanto trabalhadores da Boeing votam sobre o contrato, ameaça de greve persiste

A votação dos trabalhadores da Costa Oeste dos EUA sobre um contrato controverso e a possibilidade de greve começou nesta quinta-feira, intensificando a pressão sobre a Boeing. Uma greve iminente seria um grande obstáculo para o novo CEO Kelly Ortberg, que foi recentemente nomeado para restaurar a confiança na empresa.

PUBLICIDADE

Cerca de 30.000 trabalhadores que produzem os jatos 737 MAX, 767 e 777 da Boeing nas regiões de Seattle e Portland estão votando em seu primeiro contrato completo em 16 anos. A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM) divulgará o resultado esta noite.

O contrato proposto inclui um aumento salarial de 25%, um bônus de de US$ 3.000 e a promessa de fabricar o próximo jato comercial da Boeing em Seattle, se o programa iniciar dentro de quatro anos. Se aprovada, a greve pode começar já à meia-noite.

“Uma greve colocaria nossa recuperação compartilhada em risco, minando ainda mais a confiança com nossos clientes e prejudicando nossa capacidade de determinar nosso futuro juntos”, dizia a carta do CEO Ortberg aos funcionários.

Durante uma reunião sobre o contrato no escritório da IAM (Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais) em Seattle na quarta-feira, seis trabalhadores da Boeing afirmaram à Reuters que votarão pela greve e estão confiantes de que a maioria dos membros do sindicato seguirá a mesma linha.

Para Kelly Ortberg, novo CEO da Boeing, as negociações trabalhistas são um teste fundamental, especialmente após sua chegada em agosto com o compromisso de melhorar as relações trabalhistas e aumentar a produção do 737 MAX.

Companhias aéreas que utilizam aeronaves da Boeing também podem enfrentar problemas em caso de greve. Michael O’Leary, CEO da Ryanair, comentou na quinta-feira que uma greve poderia atrasar ainda mais as entregas de aeronaves, mas acredita que, se acontecer, será breve. “Gostaríamos de ver o acordo trabalhista resolvido”, disse ele.

PUBLICIDADE

Leia também: