Um caça-bombardeiro F-15E Strike Eagle da Força Aérea dos EUA fez um pouso de emergência em uma base aérea grega após perder o canopy em voo. O incidente ocorreu na quarta-feira (10).
Um porta-voz da USAF confirmou o incidente. A aeronave do 336º Esquadrão de Caça, da Base Aérea de Seymour Johnson, perdeu o canopy quando voava sobre uma área desabitada, próximo à vila de Livadi, no norte do país.
“A aeronave pousou com segurança na Base Aérea de Larissa, Grécia, e ninguém ficou ferido. O incidente foi reportado à Força Aérea Helênica e está atualmente sob investigação”, disse o oficial da USAF ao jornal grego Kathimerini.
Os F-15E estão na Base Aérea de Larissa participando do exercício conjunto Castle Forge. Além dos EUA e Grécia, participam também a Romênia com seus F-16 e a Bulgária com caças MiG-29 Fulcrum.

O mesmo oficial reforçou que o Castle Forge é o principal exercício do conceito de Agile Combate Employment (ACE). Liderado pelas Forças Aéreas dos EUA na Europa e África (USAFE), o Castle Forge “reúne aliados da OTAN para demonstrar uma presença credível e tranquilizadora na região do Mar Negro.”
“Castle Forge tem se empenhado em testar e fornecer conceitos essenciais para nossas equipes e sua prontidão“, disse o General Jeff Harrigian, Comandante do Comando Aéreo Aliado da OTAN. “Aproveitar a flexibilidade de nossas forças e a rápida convergência de recursos aliados oferece uma vantagem competitiva que proporciona segurança e estabilidade em toda a região do Mar Negro.”
Região de tensões com a Rússia
A presença cada vez maior de aeronaves da OTAN no Mar Negro tem escalado as tensões entre Rússia e a aliança militar liderada pelos EUA. Na quinta-feira (11), um avião-espião RC-135 Rivet t da RAF foi interceptado por um caça russo. A aeronave de inteligência estava se aproximando da Crimeia quando um Su-30 foi enviado para intercepta-la.
A Rússia também diz que detectou e acompanhou um U-2S e dois P-8A Poseidon na região. Além das movimentações pelo ar, dois navios de guerra dos EUA, que atualmente navegam pelo Mar Negro, são monitorados por embarcações da Marinha Russa.
O Ministério da Defesa russo considera a atividade militar na região como “um estudo do teatro de guerra previsto”. A Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia em 2014 e diz que as águas ao redor pertencem a Moscou agora, apesar da maioria dos países continuar a reconhecer a península como ucraniana.