O F-16 Fighting Falcon voltará a ser fabricado pela Lockheed Martin em 2023. A previsão é de que os clientes recebam suas novas aeronaves a partir de 2024.
Segundo o diretor financeiro da Lockheed, Jesus Malave, a companhia tem planos para produzir três F-16 por mês. A produção do F-16 foi parada em 2017 quando a Lockheed Martin decidiu transferir a linha de produção em Forth Worth (Texas) para Greenvillhe (Carolina do Sul), inaugurada em 2019.

No entanto, a Lockheed não contava com a pandemia de Coronavírus, a crise mundial, escassez de chips, atrasos com fornecedores e outros fatores que adiaram o retorno da fabricação do F-16. Malave afirmou que contratar e treinar novos funcionários para construir a aeronave foi um “pequeno desafio” para a empresa.
“A rampa está demorando um pouco mais. Provavelmente veremos alguma carga de custos em nosso contrato inicial lá”, disse Malave.
O atraso nas entregas gerou algumas reclamações da Bulgária e Eslováquia, que dividem a carteira de pedidos do F-16 com Taiwan, Bahrein, Jordânia e Marrocos. Todos adquiriram os F-16V Block 70, a versão mais avançada do modelo. A Bulgária, que já tem um piloto com treinamento completo no F-16, comprou oito aviões em 2019 e foi aprovada a adquirir mais oito neste ano.

A Lockheed foi contratada pela própria Força Aérea dos EUA para produzir um total de 128 F-16V para países parceiros. Ao mesmo tempo, está atualizando seus aviões para o mesmo padrão. A Lockheed também vê um mercado em potencial para até 300 aviões adicionais.
Produzido desde 1973, o F-16 é o principal avião de caça usado em todo o mundo. Chamado de Viper, foi um dos primeiros caças a usar Fly-By-Wire e o primeiro a ar 9 vezes a aceleração da gravidade.

A aeronave nasceu com a General Dynamics como um jato de caça leve com capacidades limitadas. Ao longo dos anos o F-16 foi sendo atualizado tornando-se um avião verdadeiramente polivalente, capaz de cumprir missões de superioridade aérea, reconhecimento, guerra eletrônica e ataque contra navios.
O F-16 está presente em 26 países. Ao mesmo tempo que algumas nações o substituem pelo F-35, outras compram aviões usados ou optam por modernizar suas unidades. O modelo também tem chamado atenção de companhias privadas que atuam no setor de treinamento de combate aéreo.