A FAA suspendeu imediatamente a operação de 171 aeronaves Boeing 737 MAX 9. A agência de regulação de aviação dos EUA emitiu uma Diretriz de Aeronavegabilidade de Emergência (EAD) neste sábado, que exige a inspeção mandatória em aeronaves operados por companhias aéreas americanas e também as estrangeiras que operem em solo americano.
A suspensão ocorre após uma das portas de emergência auxiliar ter se soltado em voo, de um Boeing 737 MAX 9 operado pela companhia aérea Alaska Airlines na noite desta sexta feira, com 177 pessoas a bordo (sem nenhum ferido grave). No momento do desprendimento, alguns objetos foram sugados para fora da cabine, como celulares e parte da roupa de uma criança, de acordo com relatos de ageiros. A tripulação decidiu por retornar ao aeroporto de partida, e realizou pouso seguro na cidade de Portland.
Com isso, a empresa havia decidido preliminarmente por “groundear” toda a sua frota, de 65 737 MAX 9. A aeronave envolvida no evento é de fabricação recente, tendo sido liberada para voos em novembro de 2023.
A companhia aérea United, a maior operadora deste mesmo modelo (78 no total), também já tinha informado sobre a decisão de retirar temporariamente de serviço 5 aeronaves 737 MAX 9, após o ocorrido.
A Flydubai, empresa pertencente ao mesmo grupo da companhia aérea Emirates, conta que três 737 MAX 9 possui a mesma configuração da aeronave envolvida no evento, entretanto, complementa que as mesmas aram por inspeção recente.
Relembrando que o Boeing 737 MAX possui um histórico preocupante, pelos dois acidentes catastróficos (2018 e 2019) que resultou em 346 mortes com circunstâncias similares ocorridos no ado, o que fez interditar todos os modelos de operação por 20 meses, a partir de março de 2019. Em abril deste ano, outro problema foi noticiado pela Boeing, o qual afirma ter ocorrido divergência numa fabricação “fora do padrão” por parte de um de seus fornecedores, o que exigiu mais uma inspeção mandatória para toda a frota, conforme noticiamos aqui. Pra piorar, no dia 28/12 a companhia emitiu mais um boletim de inspeção do leme de direção de algumas unidades, por conta de um possível parafuso solto nesta região.
A Boeing informa que 1.370 aeronaves Boeing 737 MAX foram entregues em todo o mundo, e aguarda certificação dos modelos 737 MAX 7 (mais curto) e do maior MAX 10.
No Brasil, a Copa Airlines, empresa estrangeira sediada no Panamá, opera com o mesmo modelo afetado pela suspensão em solo americano, o 737 MAX 9, que parte de São Paulo e Rio de Janeiro. A empresa conta com um total de 29 modelos em sua frota. Das nacionais, a Gol é a única que opera com Boeings 737, entretanto, opera com o MAX 8, que não sofre com a suspensão. A “laranjinha” possui 38 MAX 8 em sua frota, conforme informa em seu site.