Pela 5ª vez a Base Aérea de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, é sede para o Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR). O treinamento da Força Aérea Brasileira, que segue até o 18/04, reúne múltiplas aeronaves na base gaúcha.
Segundo o comandante da BASM e Diretor do Exercício, Coronel Aviador Daniel Lames de Araujo, o EXOP IVR é um dos treinamentos importantes da FAB, “pois visa abordar tanto as potencialidades quanto as limitações dos meios e recursos humanos e operacionais disponíveis, a fim de aprimorá-los.”
Com cerca de 180 militares de 13 unidades operacionais, o Exop IVR conta com aeronaves AMX A-1, R-99 e E-99, P-3AM Orion, P-95 Bandeirulha, C-98 Caravan, bem como a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) Hermes RQ-900. Além das unidades aéreas, ainda participam o 1º e 2° Grupos de Defesa Antiaérea (1º e 2° GDAAE) e três equipes do Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC), este último possibilitando “o Comando e Controle em regiões remotas.”

Além dos militares da Aeronáutica, a atividade conta com meios de defesa antiaérea como míssil de curto alcance IGLA-S e blindados M113 e Gepard, do 9º Batalhão de Infantaria Blindado (29º BIB) e da 6ª Bateria de Artilharia Antiaérea Autopropulsada (6º Bia AAAe Ap) do Exército Brasileiro (EB). Neste ponto, é importante ressaltar a interoperabilidade das forças, que cada vez mais tem promovido exercícios conjuntos, como o Escudo-Tínia, realizado anualmente, também no RS.
Segundo a FAB, grande presença do EB em Santa Maria favorece atividades de adestramento conjunto, “criando cenários reais de treinamento e emprego e intensificando a interoperabilidade que envolve militares do Exército e da FAB, cada um aplicando suas metodologias operacionais em prol da Inteligência.”
“A escolha de Santa Maria como local tradicional para a realização do Exercício Operacional IVR deve-se à grande capacidade das Organizações Militares sediadas de analisar imagens e vídeos, produzir Relatórios de Missão de Reconhecimento (REMIR) e Relatórios de Vigilância (REVIG)”, acrescentou o Coronel Lames.

A análise de imagens coletadas por sensores embarcados em aeronaves, como no R-99 e no E-99, meios da Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) da FAB, permite conhecer, de forma mais profunda, as capacidades dos sensores e analistas da FAB, bem como das Ações de Controle Aéreo Avançado e Ataque, que possibilitam a disseminação da doutrina e a programação de equipamentos de Guerra Eletrônica embarcados.
O levantamento minucioso de dados de Inteligência e o monitoramento de áreas de interesse são algumas das atividades realizadas pela Aviação de IVR da FAB. Os esquadrões são os olhos da FAB que, do alto, compartilham o desafio de detectar ameaças, assim como proteger e integrar o território nacional.