Nesta terça-feira (28/05), a China Eastern Airlines recebeu sua sexta aeronave do modelo COMAC C919, um produto nacional que comemora seu primeiro ano de operações comerciais. Porém, talvez o fato mais relevante nesse notável evento para a aviação chinesa seja a demonstração do avanço da COMAC (Commercial Aircraft Corp of China) em suas operações.
Segundo a própria companhia, a entrega do sexto C919 é o primeiro de um pedido de 100 aeronaves feito à fabricante, que tem acelerado cada vez mais sua produção e desenvolvimento. Portanto, graças aos mais recentes acontecimentos, analistas da indústria afirmam que até 2035 veremos a COMAC entre as principais empresas mais competitivas do mercado.
Há exatamente 1 ano, o voo comercial inaugural do C919 foi realizado e desde então suas operações têm avançado cada vez mais. Até segunda-feira (27/05), as aeronaves C919 transportaram um total de quase 300 mil ageiros, acumulando mais de 6 mil horas de voo sem incidentes, demonstrando sucesso até o momento.
Segundo a Agência de Notícias Xinhua, o C919 e o ARJ21 (outro jato de origem nacional) realizaram voos de demonstrações no sudeste asiático em março deste ano. Os países que os receberam foram o Vietnã, Laos, Camboja, Indonésia e Malásia, mostrando o potencial que a COMAC pode explorar inicialmente na região Ásia-Pacífico.

A COMAC possui também pedidos do C919 que ultraam 1.200 exemplares, incluindo pedidos internacionais de empresas como a AerCap e a Brunei Qiji Airlines segundo relatório de fevereiro da Agência de Notícias Xinhua.
“Durante o ano ado, as operações comerciais do C919 fizeram progressos notáveis, transportando um grande número de ageiros e realizando voos de teste em mais rotas. A estreia da aeronave no Singapore Airshow sublinha a determinação e a iniciativa da COMAC em explorar os mercados internacionais” disse Wang Yanan, o editor-chefe da revista Aerospace Knowledge com sede em Pequim.
Com base nesses dados sobre a expansão das produções em massa do C919, Wang também afirma que, em capacidade de produção, manutenção e e técnico, é provável que a COMAC esteja na linha de frente, ao lado da Boeing e da Airbus, como uma das maiores empresas deste ramo de mercado até 2035.