A Força Aérea Brasileira (FAB) usou um de seus helicópteros H-36 Caracal para apoiar ações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) em Roraima. A ação viu o transporte de uma nova aeronave remotamente pilotada (ARP), a NAURU 500C, para monitorar a região.
Para aumentar a eficácia nas ações de combate ao garimpo na TIY, um helicóptero H-36 do Esquadrão Falcão (1º/8º GAv) transportou o drone NAURU e sua equipe de quatro operadores do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM).
Classificado como um Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP), o NAURU está sendo usado nas ações repressivas contra o garimpo ilegal, os ilícitos transfronteiriços e os crimes ambientais na TIY, atuando no mapeamento das áreas de operações sob a responsabilidade dos militares e agências que compõem a Casa de Governo em Roraima.

“Como o CENSIPAM tem a missão de trabalhar na parte de Sistema de Proteção da Amazônia, nós apoiamos diversos órgãos civis, além dos militares, como o ICMBio, IBAMA, Polícia Federal e as Forças Armadas. Este novo instrumento permitirá tanto o mapeamento, quanto a vigilância e o monitoramento do local”, frisou o Capitão Bruno Tunes, do CENSIPAM.
Para o manuseio da aeronave, o CENSIPAM emprega na TIY: antenas de comunicação solo, notebook de controle aéreo, baterias e combustível de aviação extras, além de ferramentas para manutenção. Devido suas características de voo e de sensores, é um instrumento que exige um treinamento especializado, não podendo ser operado por quem não possua certificação.
Fabricado no Brasil pela Xmobots, o Nauru 500C foi entregue ao CENSIPAM em 2023. O drone possui autonomia de 4 horas de voo em sua versão híbrida (combustível + bateria), garantindo a presença da Operação mesmo em lugares de difícil o.

O emprego dos SARP pelas Forças Armadas brasileiras representa um avanço significativo para as operações militares e para a defesa nacional. A utilização de tecnologias como o Nauru 500C na Operação CATRIMANI II demonstra a capacidade de inovação e adaptação dos militares em enfrentar desafios complexos, como o combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
Desde 2014, a FAB opera as aeronaves RQ-900 Hermes, as quais possuem sensores com câmeras de alta definição para obtenção de imagens, além da iluminação com marcador laser, e as RQ-1150 Heron I que possuem autonomia de até 40 horas de voo. Estas são operadas, respectivamente, pelo Esquadrão Hórus (1º/12º GAV), da Base Aérea de Santa Maria (RS), e pelo Esquadrão Orungan (1º/7º GAv), da Base Aérea de Santa Cruz (RJ).