Um dos maiores hidroaviões de todos os tempos concluiu sua carreira de 78 anos em grande estilo. Usado como avião-bombeiro no Canadá, o Martin Martins fez seu último voo no domingo (11), indo diretamente para um museu na Columbia Britânica, no Canadá.
Ostentando chamativas cores vermelha e branca, a aeronave taxiou no Lago Sproat para decolar pela última vez. Centenas acompanharam o rugir dos motores radiais Wright R-3350 Duplex-Cyclone. A aeronave seguiu para o British Columbia Aviation Museum em Sidney, Vancouver, onde chegou escoltada por nove jatos da esquadrilha Snowbirds, equipe de demonstração da Força Aérea Real Canadense.
The Hawaii #MartinMars has made it to Greater Victoria! CHEK News video captured around 6:15 p.m. Sunday shows the moments the Hawaii water bomber flies over Patricia Bay in formation with the #Snowbirds. ✈️ @CHEK_News pic.twitter.com/Do1vQq8BJj
— Ethan Morneau (@EthanMorneau) August 12, 2024
O quadrimotor batizado Hawaii Mars foi desenvolvido na Segunda Guerra Mundial como um avião de patrulha marítima para a Marinha dos Estados Unidos. Designado JRM-1 Mars, o modelo fez seu primeiro voo em 1942, mas entrou em serviço como aeronave de transporte.
Apesar do pedido original para 20 aeronaves, apenas sete foram fabricadas pela Martin Company. Com 35 metros de comprimento, 60 metros de envergadura e pesando 34 toneladas, o Mars é até hoje o maior hidroavião utilizado pela Marinha Americana. No entanto, ou pouco tempo em serviço, sendo aposentado na década de 1950.
Três Mars foram perdidos em acidentes e os quatro hidroaviões restantes foram adquiridos por uma empresa canadense em 1959, que os converteu para atividades de combate a incêndios florestais. O enorme tamanho do Mars permitia que o avião carregasse 22 mil litros d´água em quatro tanques, abastecidos em apenas 15 segundos. Mais tarde, dois dos quatro Mars foram perdidos em um acidente e um tufão.
Os dois últimos aviões foram absorvidos pela Coulson Flying Tankers, que operava os aviões a partir de sua base no Lago Sproat. O Hawaii Mars seguiu combatendo incêndios até 2015, quando foi posto à venda. Sem compradores para o gigante avião, a Coulson decidiu doar o hidroavião para o museu canadense, para onde fez seu último voo.