A GOL Linhas Aéreas (B3: GOLL4 e NYSE: GOL) disponibilizou o seu resultado consolidado do segundo trimestre de 2022 (2T22). Nesse período, atuando assertivamente na gestão da capacidade e no aumento da produtividade, a companhia registrou o maior yield da sua história assim como a mais alta receita operacional líquida em um segundo trimestre.
Paulo Kakinoff, Conselheiro de istração, disse: “Em junho, encerrei meu período de 10 anos como executivo da GOL e quero registrar meu profundo agradecimento a todo o Time de Águias que esteve ao meu lado, tanto nos momentos mais desafiadores como nas inúmeras vitórias que obtivemos juntos. Com a confiança de que já superamos um dos períodos mais difíceis da história do setor aéreo, estou entregando os controles a uma nova liderança que conduzirá a GOL no próximo ciclo de crescimento sustentável.”
Celso Ferrer, Diretor-Presidente, complementou: “Tive o privilégio de atuar com o Kakinoff por mais de sete anos e testemunhei sua capacidade ímpar de liderança. Assumi o cargo de CEO com o compromisso de focar em três pilares principais: crescimento, consistência e proximidade, e espero compartilhar com vocês mais sobre essa minha visão nos próximos trimestres. A força da GOL sempre foi o nosso compromisso em servir nossos Clientes e ser a melhor para todos, e isso continuará sendo nosso direcionamento como Companhia. Estamos vivenciando um momento único para a indústria de transporte aéreo como um todo e, com a ajuda do nosso Time de Águias, estou confiante em liderar a GOL para patamares ainda mais altos.”
Sumário dos Resultados do Segundo Trimestre de 2022
- O número de ageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) aumentou 103,0%, enquanto o total de Assento-Quilômetro Ofertado (ASK) cresceu 123,7%;
- A Receita Líquida mais que triplicou para R$3,2 bilhões. As Receitas Auxiliares, principalmente de SMILES e GOLLOG, cresceram 75% para R$246,4 milhões;
- A taxa de ocupação média (load factor) diminuiu 7,9 pp para 77,2%. A taxa de ocupação doméstica registrada foi 8,5 pp inferior à do 2T21, enquanto a taxa de ocupação internacional foi de 86,7%;
- A utilização das aeronaves foi de 10,2 horas por dia, um ganho de 27,5% na produtividade;
- O número de ageiros transportados pela GOL dobrou para 5,8 milhões, que foi equivalente a 71,4% do registrado no 2T19 (pré-pandemia);
- A Receita Líquida por Assento-Quilômetro Ofertado (RASK) evoluiu 41% para R$35,94 centavos;
- O yield médio por ageiro cresceu 66,2% e registrou um recorde de R$43 centavos para a Companhia;
- O Custo por Assento-Quilômetro recorrente diminuiu em 20,4% para R$35,38 centavos. O CASK Combustível cresceu 72,2% para R$16,06 centavos, devido à majoração de 80,5% nos preços do querosene da aviação (QAV);
- O EBIT recorrente foi positivo em R$50,8 milhões com margem de 1,6%, enquanto o EBITDA recorrente foi positivo de 439 milhões com margem de 13,5%;
- O Prejuízo Líquido foi de R$2,8 bilhões, o prejuízo por ação foi de R$6,81 e prejuízo por ADS de US$2,77, principalmente decorrente das variações cambiais e monetárias; e
- A relação dívida líquida (incluindo 7x os pagamentos de arrendamento anuais e excluindo o bônus perpétuo) sobre o EBITDA recorrente UDM foi de 9,5x em 30/06/2022, uma redução de 1,6x em relação à posição de 31/03/2022 (11,1x), principalmente em função da recuperação sequencial do EBITDA recorrente.
Eficiência na Gestão dos Yields
Em abril, a gestão dinâmica dos yields possibilitou que a GOL compensasse o aumento no custo do combustível. Em maio e junho, concomitantemente com a transição para a baixa temporada, a GOL ajustou seu nível de capacidade para estabilizar as tarifas no curto prazo. Com isso, o yield médio por ageiro no trimestre cresceu 66,2% em relação ao 2T21, atingindo um recorde de R$43,00 centavos.
Um dos principais pontos fortes da GOL sempre foi a disciplina na gestão da capacidade, devido ao seu modelo flexível de frota única, que permite à Companhia ajustar rapidamente a oferta de voos com a demanda projetada em cada mercado. Isso, combinado com a contínua recuperação da produtividade por meio do aumento da utilização e da maior eficiência de sua frota operacional, posicionam a GOL para ser bem-sucedida em sua estratégia de expansão de margem.
“Uma das sinergias da reintegração da Smiles é a otimização na venda de assentos e consequentemente crescimento da fidelização do Cliente. Ampliamos essa vantagem com a retomada dos investimentos em tecnologia e análise de dados, o que nos permite aumentar a precisão dos yields. Como resultado, alcançamos o maior yield de todos os tempos, mesmo no trimestre historicamente mais fraco do ano”, disse Eduardo Bernardes, Diretor Vice-Presidente de Receitas.
Gestão de Liquidez e Fortalecimento de Margens
A Companhia encerrou junho/22 com liquidez de R$4,0 bilhões. Desconsiderando a variação cambial, o patamar de dívidas financeiras manteve-se estável quando comparado com o período pré-pandemia, com amortizações de curto prazo significativamente menores em relação aos seus concorrentes e sem vencimentos significativos para os próximos dois anos.
A relação dívida líquida (excluindo o bônus perpétuo) sobre o EBITDA UDM ajustado alcançou 9,5x em 30/06/2022, representando a menor alavancagem financeira entre os pares. A GOL manteve as classificações de crédito Fitch B-, Moody’s B3, S&P CCC+.
Os custos de manutenção necessários para as novas entregas de 737-MAX, conforme o plano de aceleração da renovação da frota, serão cobertos pelas linhas de financiamento já obtidas junto a contrapartes e por meio da utilização do saldo de depósitos de manutenção. A GOL não possui dispêndios significativos para adiantamentos de aquisição de aeronaves (“PDPs”) associados com a aquisição de novas aeronaves 737-MAX.
Richard Lark, Diretor Vice-Presidente Financeiro, disse “Nós priorizamos a gestão de ivos e preservamos ativos durante a pandemia, pois acreditamos que estaríamos em uma posição privilegiada para focar na recuperação de nossas margens e na ampliação de nossas vantagens competitivas em custo. Não possuímos vencimentos significativos no curto prazo e conduziremos a GOL gradativamente para o fortalecimento do seu balanço com desalavancagem financeira.”
Reincorporação da Smiles, o Programa de Fidelidade da GOL
O 2T22 comprovou a melhoria contínua em todos os indicadores de desempenho da Smiles, potencializados pelas sinergias operacionais e financeiras capturadas após a conclusão da incorporação.
Conforme antecipado, a reincorporação da Smiles propiciou oportunidades para geração de novas receitas, e o programa de fidelidade atingiu o recorde de 20 milhões de Clientes e um faturamento de aproximadamente R$1,0 bilhão no segundo trimestre, mais do que dobrando o registrado no 2T21 e confirmando o 5º trimestre consecutivo de aumento no faturamento.
Somando as sinergias fiscais, o capital de giro e a gestão de inventário unificado, foram capturados aproximadamente R$1,3 bilhão em caixa, resultando em um payback de menos de 1 ano sobre o preço de aquisição. A Companhia planeja ainda obter cerca de R$ 3 bilhões de fluxo de caixa incremental, decorrentes de outras sinergias nos próximos anos.
“O desempenho da Smiles vem superando as nossas expectativas a cada trimestre, demonstrando o sucesso dos movimentos assertivos de fortalecimento de balanço e da estrutura de capital liderados pela GOL. A Smiles além de promover alto valor agregado para as operações da Companhia, continua sendo um ativo de grande valor não onerado”, concluiu Richard Lark.