GOL receberá compensação financeira de R$ 2,4 bilhões pelo 737 MAX

por Aeroflap

Boeing 737 MAX GOL

A GOL anunciou que receberá uma compensação de US$ 412 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) da Boeing pelo aterramento de suas aeronaves 737 MAX. Como um dos maiores clientes da aeronave, o aterramento atingiu fortemente a GOL, mas continua comprometido com o 737.

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Em março, a GOL chegou a um acordo de compensação pela paralisação dos Boeing 737 MAX e de reestruturação da carteira de pedidos, pelo qual recebeu R$0,5 bilhão em dinheiro em abril e retém um valor presente total de R$1,9 bilhão a receber nos próximos anos. A Companhia não tem pagamentos planejados de novas aeronaves nos próximos 24 meses.

Atualmente, a GOL tem aproximadamente US$100 milhões investidos em um portfólio de 17 milhões de barris de petróleo para os períodos mensais de maio de 2020 a dezembro de 2022.

A compensação financeira vem em boa hora, momento de crise no setor da aviação e prejuízos para diversas companhias aéreas. Comparada a muitas outras companhias aéreas, a GOL já está em uma posição financeira relativamente forte. Os voos caíram 94% em abril de 2020, em comparação com o ano anterior. Mas as taxas de ocupação para as aeronaves que voavam eram de 80%, em comparação com 81% em abril anterior.

A GOL cortou os recebimentos do Boeing 737 MAX para 2020/2021/2022 em 14/20/13 aeronaves respectivamente, e reduziu o CAPEX em R$200 milhões para um total de R$300 milhões entre maio e dezembro, com planos de financiar totalmente o CAPEX/revisão de motores remanescentes em 2020.

“Acreditamos que o Boeing 737 é a melhor aeronave do mercado brasileiro devido à sua capacidade de atingir mais de 13 horas de utilização de aeronaves em mercados de alta densidade. Isso a nosso modelo de gerenciamento de capacidade altamente flexível, além de fornecer alta consistência de liquidez e valor de mercado em nossa frota.” Disse a empresa.

Importante lembrar que a GOL em fevereiro, anunciou um contrato de venda e leasing para 11 de suas aeronaves 737 NG. Isso permitiria que eles fossem substituídos por aeronaves MAX quando retornassem à produção, mantendo sua estratégia de substituir a frota por aeronaves MAX gradualmente. Desde então, a GOL reduziu seus pedidos para o 737 MAX para 95.

 

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