Há exatos 55 anos, ocorria o acidente com o XB-70 Valkyrie

<p><p>No dia 08 de junho de 1966&comma; cinco aeronaves diferentes juntaram-se em uma formação para uma foto de publicidade para a General Electric&period; Eram elas&colon; Northrop YF-5A Freedom Fighter e T-38 Talon&comma; Lockheed F-104 Starfighter&comma; McDonnell Douglas F-4 Phantom II e o North American XB Valkyrie&comma; todos equipados com motores fabricados pela GE&period;<&sol;p>&NewLine;<p>O que seria um simples &&num;8220&semi;ensaio fotográfico&&num;8221&semi; tornou-se em tragédia quando o F-104N&comma; matrícula N813NA&comma; colidiu com o enorme bombardeiro supersônico que liderava a formação&comma; virando uma bola de fogo em instantes&period; <&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;132355" aria-describedby&equals;"caption-attachment-132355" style&equals;"width&colon; 1390px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-132355 size-full" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2021&sol;06&sol;359308main&lowbar;EC84-28218&lowbar;full&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"1400" height&equals;"883" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-132355" class&equals;"wp-caption-text">A formação de T-38&comma; F-4&comma; XB-70&comma; F-104 e F-5 momentos antes da colisão fatal&period; Foto via NASA&period;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>Com 56 metros de comprimento&comma; nove metros de altura e equipado com seis turbojatos&comma; o XB-70 seguiu voando por pouco tempo antes de entrar em um flat spin &lpar;parafuso chato&rpar; e desintegrar-se enquanto caia sobre o Deserto de Mojave&comma; na Califórnia&period; <&sol;p>&NewLine;<p>Capaz de atingir Mach 3 &lpar;três vezes a velocidade do som&rpar;&comma; o <a href&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;ha-quase-52-anos-o-iconico-xb-70-valkyrie-fazia-seu-ultimo-voo&sol;">Valkyrie foi desenvolvido originalmente<&sol;a> como um bombardeiro estratégico para substituir o Boeing B-52 Stratofortress&comma; porém esse plano foi abandonado antes mesmo do seu primeiro voo em 1964&period; Dois protótipos foram construídos &lpar;62-0001 e 62-0207&rpar;&comma; ambos usados extensivamente pela NASA em testes e experimentos de alta velocidade&period; Foi o 62-0207 o avião envolvido no acidente de 1966&period; <&sol;p>&NewLine;<p>Já o F-104 era um caça-interceptador projetado nos Anos 50 pelo lendário engenheiro Kelly Johnson da Lockheed&period; Das suas pranchetas surgiram aeronaves lendárias como o SR-71 Blackbird &lpar;e seus &&num;8220&semi;irmãos mais velhos&&num;8221&semi; A-12 e YF-12&rpar;&comma; P-38 Lightning e U-2 Dragon Lady&period; Muito Veloz&comma; o F-104 podia atingir duas vezes a velocidade do som&comma; mas até os dias de hoje é reconhecido pelo apelido &&num;8220&semi;Fazedor de Viúvas&&num;8221&semi; por conta de seu grande número de acidentes&comma; especialmente nas mãos da Força Aérea Alemã&period; <&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;108723" aria-describedby&equals;"caption-attachment-108723" style&equals;"width&colon; 758px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-108723 size-full" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2020&sol;11&sol;despite-huge-development-costs-and-a-flight-speed-three-news-photo-1604433985&lowbar;&period;jpeg" alt&equals;"" width&equals;"768" height&equals;"605" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-108723" class&equals;"wp-caption-text">Apresentação do bombardeiro XB-70 Valkyrine&period; Foto&colon; HULTON DEUTSCH GETTY IMAGES<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>Nos comandos do XB-70 estavam o Major Carl S&period; Cross&comma; da USAF&comma; e o piloto de testes da North American&comma; Al White&period; Comandando o esguio Starfighter estava o piloto de testes da NASA Joseph &&num;8216&semi;Joe&&num;8217&semi; Walker&period; Durante a formação&comma; Walker estava ao lado da asa direita do bombardeiro e em determinado momento afirmou ao controle que estava enfrentando turbulência&comma; tentando manter seu jato no lugar&period; <&sol;p>&NewLine;<p>De repente&comma; em uma questão de segundos&comma; o F-104 colide com a asa do XB-70&comma; vira de ponta cabeça&comma; bate e arranca os dois estabilizadores verticais da aeronave e sai rodopiando em uma enorme bola de fogo&period; Por 16 segundos o 62-0207 seguiu voando reto e nivelado antes de entrar em um flat spin incontrolável&period; <&sol;p>&NewLine;<p><figure id&equals;"attachment&lowbar;132366" aria-describedby&equals;"caption-attachment-132366" style&equals;"width&colon; 979px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-132366 size-full" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2021&sol;06&sol;DC7R21l&period;jpeg" alt&equals;"" width&equals;"989" height&equals;"1400" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-132366" class&equals;"wp-caption-text">Sequência de imagens mostrando a colisão fatal do F-104N Starfighter com o XB-70 Valkyrie&period; Foto via Reddit&period;<&sol;figcaption><&sol;figure> <figure id&equals;"attachment&lowbar;132362" aria-describedby&equals;"caption-attachment-132362" style&equals;"width&colon; 939px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-132362 size-full" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2021&sol;06&sol;08al-white-x-15-flight&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"949" height&equals;"973" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-132362" class&equals;"wp-caption-text">Al White em um assento ejetável&period; Foto&colon; Heritage Flightgear Displays&period;<&sol;figcaption><&sol;figure><&sol;p>&NewLine;<p>Al White colocou seu assento em posição para ejeção&comma; que no XB-70 ocorria em uma cápsula ejetável&comma; e conseguiu se salvar com ferimentos na coluna e nos braços&period; Joe Walker faleceu instantaneamente&period; Segundo o <em>Area 51 Special Projects&comma;<&sol;em> o então Diretor de Pesquisas Biológicas da NASA&comma; Dr&period; Major Roman&comma; médico investigador do local&comma; relatou que o F-104 bateu nos estabilizadores verticais de cabeça para baixo&period; A colisão foi tão forte que e que o estabilizador vertical do XB-70 dividiu a cabine e o capacete de voo de Walker pela metade&period;<&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;132356" aria-describedby&equals;"caption-attachment-132356" style&equals;"width&colon; 1013px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"wp-image-132356 size-full" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2021&sol;06&sol;9458062795&lowbar;a86b802bdf&lowbar;b&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"1023" height&equals;"803" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-132356" class&equals;"wp-caption-text">Joe Walker na nacele de um Bell X-1A em 1955&period; Foto&colon; NASA&period;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>Tudo foi registrado pelas câmeras dos fotógrafos que estavam a bordo do jatinho Learjet contratado para a captação das imagens&period; Também é relatado que antes do acidente fatal&comma; Walker contatou o controle dizendo <em>&&num;8220&semi;Estou me opondo a esta missão&period; É muito turbulento e não tem valor científico&period;”<&sol;em><&sol;p>&NewLine;<p>Nas investigações foi descoberto que a turbulência do vórtice gerado pela asa direita do XB-70 anulou o fluxo de ar nas superfícies de controle da empenagem do F-104&comma; que ficava em configuração T&period; Nessa configuração&comma; o profundor &lpar;superfície de controle que faz o nariz do avião subir ou descer&rpar; e o estabilizador horizontal são montados no topo do estabilizador vertical&period; Desta maneira&comma; o nariz do avião acabou subindo descontroladamente e colidiu contra o bombardeiro&period; <&sol;p>&NewLine;<figure id&equals;"attachment&lowbar;132364" aria-describedby&equals;"caption-attachment-132364" style&equals;"width&colon; 256px" class&equals;"wp-caption aligncenter"><img class&equals;"size-full wp-image-132364" src&equals;"https&colon;&sol;&sol;www&period;aeroflap&period;com&period;br&sol;wp-content&sol;s&sol;2021&sol;06&sol;carl-cross&period;jpg" alt&equals;"" width&equals;"266" height&equals;"335" &sol;><figcaption id&equals;"caption-attachment-132364" class&equals;"wp-caption-text">O Major Carl Cross da USAF&period; Foto&colon; Area 51 Special Projects&period;<&sol;figcaption><&sol;figure>&NewLine;<p>Na época não havia muito conhecimento sobre as esteiras de turbulência e seus efeitos&comma; mas o acidente gerou questões e estudos sobre esse fenômeno que&comma; atualmente&comma; já é amplamente conhecido e documentado&period; <&sol;p>&NewLine;<p>O XB-70 remanescente&comma; matrícula 62-0001&comma; seguiu nos testes de voo com a NASA até realizar seu último voo em 04 de fevereiro de 1969&period; Hoje&comma; a gigante aeronave está preservada no Museu Nacional da Força Aérea dos EUA &lpar;NMUSAF&rpar; em Dayton&comma; Ohio&period; <&sol;p><&sol;p>&NewLine;

PUBLICIDADE
Gabriel Centeno

Autor: Gabriel Centeno

Estudante de Jornalismo na UFRGS, spotter e entusiasta de aviação militar.

Categorias: Artigos, Militar, Notícias

Tags: acidente, Incidente, NASA, usaexport, USAF, XB-70, XB-70 Valkyrie

x
Sair da versão mobile