O avião-tanque KC-46A Pegasus gerou um prejuízo de US$ 275 milhões à Boeing no último trimestre de 2020. De acordo com o Diretor Financeiro da Boeing, Greg Smith, os prejuízos vem de problemas com a eficiência da produção, “incluindo os impactos da Covid-19”.
Somando os prejuízos anuais desde 2014, o programa já trouxe US$ 5.1 bilhões em perdas para a fabricante de Seattle. A perda de US$ 1.32 bilhões só em 2020 (sem contar taxas) foi a maior da história do programa.
David Calhoun, CEO da Boeing, disse que “o avião-tanque tem sido um obstáculo para nós por três ou quatro anos, em todos os sentidos que você pode imaginar, com respeito aos investidores. Mas estamos começando a superar o obstáculo com nosso cliente no que diz respeito ao desempenho em sua frota e, em seguida, à necessidade da aeronave.”
Um dos maiores problemas do KC-46 é o sistema de visão remota, uma série de câmeras destinadas a ajudar o operador a guiar a lança de reabastecimento em voo (REVO) até a aeronave receptora.
As câmeras estão produzindo imagens distorcidas ou desbotadas, tornando a operação de REVO arriscada. No primeiro trimestre de 2020, a Boeing teve prejuízo de US$ 827 milhões para cobrir o custo de reprojeto das câmeras de reabastecimento.

A Boeing entregou 14 KC-46A Pegasus à Força Aérea dos EUA (USAF) no ano ado, metade do número de aeronaves entregues em 2019. A companhia afirma que problemas na produção e no design e atrasos por conta da pandemia são os principais responsáveis.
A USAF deve adquirir até 179 KC-46 para substituir os antigos KC-135 Stratotanker. Na semana ada a instituição fechou mais um contrato com a Boeing, elevando para 94 o número de aeronaves contratadas. O Japão também adquiriu quatro aviões.
Via Flightglobal