A Lockheed Martin recebeu um contrato na ordem de US$ 49 milhões para projetar uma nova variante do F-35 para um cliente estrangeiro não especificado. De acordo com o negócio, revelado pelo Pentágono na última segunda-feira (27), a fabricante do caça stealth realizará atividades de engenharia e outros serviços no desenvolvimento de uma variante sob medida do JSF (t Strike Fighter).
O desenvolvimento deve ser concluído até 2026 e será supervisionado pelos militares do Naval Air Systems Command. O valor total do contrato é de US$ 49.059.494. O trabalho será realizado em Fort Worth, Texas (77%); Redondo Beach, Califórnia (14%); Orlando, Flórida (6%); Baltimore, Maryland (1%); Owego, Nova York (1%) e Samlesbury, Reino Unido (1%).
Até o momento, o único operador do F-35 que fez modificações no jato de 5ª Geração foi Israel, que integrou sistemas de fabricação local no sua variante própria, o F-35I Adir. Todos os outros clientes receberam uma versão padrão de exportação.
Além disso, a Força Aérea de Israel também é a única a possuir uma aeronave de testes para validação de novos aviônicos, armamentos e modificações no modelo.

Até o momento não se sabe quais as modificações que a Lockheed fará nesta “versão especial” do F-35. O mesmo serve para o cliente não especificado do programa de Vendas Militares Estrangeiras (FMS) dos EUA.
Especulações apontam para os Emirados Árabes Unidos. Há cerca de duas semanas, o jornal The Washington Post revelou uma carta do governo em Abu-Dhabi onde os líderes deixavam claro que estavam abandonando a intenção de comprar o F-35 por não concordarem com as restrições de segurança impostas pelos norte-americanos.
Particularmente, o governo dos Emirados Árabes considera que os requisitos de segurança exigidos pelos Estados Unidos são inaceitáveis. As salvaguardas destinam-se especificamente a impedir que tecnologias e recursos militares sensíveis caiam nas mãos dos chineses.

No entanto, o Secretário de Estado dos EUA disse que está pronto para seguir em frente com a venda dos caças furtivos.
“No que diz respeito aos Emirados Árabes Unidos, aos F-35 e aos drones, continuamos preparados para seguir em frente com ambos, se for isso que os Emirados estão interessados em fazer”, disse o Secretário Antony Blinken durante uma visita ao Ministério das Relações Exteriores da Malásia em Kuala Lumpur na quarta-feira (15).
O portal Flightglobal observa que vender o F-35 para os Emirados Árabes Unidos é complicado porque os EUA se comprometeram a garantir que Israel tenha vantagem militar sobre seus vizinhos. Israel tem planos de adquirir até 50 exemplares do F-35.