A Lufthansa e o Governo da Alemanha aprovaram um apoio de 9 bilhões de euros (9,8 bilhões de dólares) para a companhia aérea, em troca de uma participação de 20% na empresa, que pode subir para 25%.
O acordo também permite que o estado Alemão tenha poder de veto sobre qualquer tentativa de compra da Lufthansa, que não seja desejada pelo governo.
O acordo foi composto de várias negociações, que postergaram a ajuda para a companhia aérea, que queimou uma boa parte do seu caixa em abril, durante a crise.
Uma das restrições foi a renúncia a pagamentos futuros de dividendos e limites ao pagamento para executivos. Além disso, o governo terá dois assentos no conselho de istração e a companhia precisará abandonar rotas para aumentar a concorrência.
O governo também injetará 5,7 bilhões de euros em capital sem direito a voto, em uma espécie de participação silenciosa, na empresa. Parte dessa participação silenciosa pode ser convertida em uma participação acionária adicional de 5%.
A Lufthansa também deve receber um empréstimo de 3 bilhões de euros do banco estatal KfW.
“A ajuda que estamos preparando aqui é por um período limitado”, disse o ministro das Finanças, Olaf Scholz, sobre o acordo, segundo o qual a Alemanha vai comprar novas ações pelo valor nominal de 2,56 euros cada, totalizando cerca de 300 milhões de euros.
“Quando a empresa estiver novamente em forma, o Estado venderá sua participação e, com sorte, com um pequeno lucro que nos colocará em uma posição de financiar os muitos e muitos compromissos que temos que atender agora, não apenas nesta empresa”, acrescentou Scholz.
O Grupo Lufthansa é composto pelas companhias aéreas Lufthansa, Austrian Airlines, Swiss e Eurowings.