Um Airbus A320 que foi utilizado por quase 31 anos em voos comerciais, agora está sendo convertido para ser um laboratório de testes, pela Lufthansa Technik.
A aeronave de matrícula D-AIQF, fabricada em 1991 e equipada com motores CFM 56, receberá um kit para alterar o combustível de querosene para hidrogênio, isso inclui novos tanques de combustível onde antes tinham assentos para os ageiros. Estes armazenarão hidrogênio líquido (LH2).
O foco deste experimento não é utilizar o A320 para cumprir voos propulsionado com hidrogênio, mas otimizar as estruturas de solo para receber futuramente este tipo de propulsão em várias aeronaves diferentes.

Com a tecnologia atual, precisamos de várias horas abastecer um avião do porte do A320 com Hidrogênio Líquido, devido aos fatores de condensação e segurança da injeção do combustível sob pressão. Com o A320 esses processos serão otimizados.
Por este motivo, frequentemente o Hydrogen Aviation Lab será deslocado no pátio do Aeroporto de Hamburgo para avaliar as operações de solo em várias questões diferentes.
Paralelamente à pesquisa realizada com o hardware físico do Hydrogen Aviation Lab, o projeto também envolve a criação do chamado gêmeo digital do Airbus A320. Nele, as simulações permitirão aos pesquisadores desenvolver e testar métodos de manutenção preditiva para os sistemas e componentes das futuras gerações de aeronaves. Usando análises de dados direcionadas, falhas de componentes e sistemas de hidrogênio podem ser previstas antes de sua falha no sistema físico, permitindo substituições oportunas antes que falhas de componentes afetem a operação da aeronave.
O projeto, que está sendo financiado pelo Ministério de Assuntos Econômicos de Hamburgo e pelo banco de desenvolvimento IFB Hamburg, é uma parceria entre a Lufthansa Technik, o Aeroporto de Hamburgo, o centro aeroespacial alemão DLR e o ZAL Center for Applied Aeronautical Research.
Principais tópicos de pesquisa e questões centrais que serão pesquisadas utilizando o Hydrogen Aviation Lab
Reabastecimento com hidrogênio líquido:
- Como o hidrogênio pode ser integrado de maneira ideal à infraestrutura aeroportuária existente?
- Como garantimos tempos e processos de reabastecimento competitivos?
- Como evitamos o enchimento excessivo e o desperdício de hidrogênio?
Refrigeração, isolamento e segurança no trabalho:
- Como evitamos o acúmulo de gelo em componentes e superfícies?
- Que requisitos de proteção adicionais podem surgir na área de trabalho
- (por exemplo, No Step / No Grab, equipamento de proteção individual)?
Vazamento de gás hidrogênio, chamado “Boil-Off”:
- Como evitamos a fuga descontrolada de LH 2 quando se torna gasoso (GH 2 )?
- Que protocolos de segurança são necessários para o manuseio de hidrogênio, por exemplo, durante o reabastecimento e armazenamento?
- Como podemos recuperar o GH 2 escapado e torná-lo utilizável novamente?
Tornando o hidrogênio armazenado inerte:
- Que medidas de proteção precisam ser tomadas para mitigar os riscos de incêndio por hidrogênio?
- Como poderiam ser os protocolos de segurança adequados?
- Que treinamento precisa ser desenvolvido para o pessoal de solo ou de manutenção?