Que a Piper está despontando na aviação executiva com grandes inovações (como já reportamos aqui), isso já não era novo, agora a fabricante querer adicionar mais 100shp no seu queridinho de vendas, o M600SLS… Ahn isso deve ter pego muitos de surpresa. Gostaria nem de ver a cara de espanto daquele pessoal que está do outro lado da lagoa, lá na França (Daher).
É isso aí, por conta de 100shp a mais, o M700, o novo modelo da fabricante norte americana, agora é capaz de voar a 301ktas e operar em pistas muito curtas, porque só são necessários 607mt de comprimento para decolagem.
Contudo, para entregar a potência prometida de 700shp, foi alterado o motor. Daquele mais usado em toda a linha M-Class, PT6A-42A, agora usa-se o mais potente PT6A-52A. Com isso, a PWC também marca história, pois a a ser a primeira utilização da -52 num monomotor. Lembrando que o motor também equipe o King Air 260.
Um destaque que também chama a atenção, é uma nova tecnologia instalada no motor. Será um indicador eletrônico de “low-oil-level”.
Evidentemente, com grandes potências, vêm algumas percas: O M600 que tinha como destaque o “range” – próximo de 1.600NM – para atingir essa velocidade, o M700 pode voar até 1.149NM. No entanto, não ficou tão ruim, afinal, no regime de máxima autonomia ele vai muito mais longe, até 1.852 NM.
Enfim, a Piper trabalha nesse projeto a menos de um ano, mas em segredo. Isso fez com que anunciasse o novo produto, já em fase final de certificação, o que não permitirá seus clientes aguardarem tanto. E para otimizar tempo com certificações, a Piper decidiu manter o peso máximo de decolagem do M700 em 6.000 libras e também aquele mesmo Garmin G3000, que já era maravilhoso!
Por fim, a certificação nos EUA tende a ocorrer no final do primeiro quadrimestre de 2024 e as primeiras entregas em seguida. Após, a promessa é entrar com pedido de convalidação do certificado tipo no Canadá, EASA, Inglaterra e Brasil.
No fim, o M600SLS não será mais fabricado, pois o M700 “Fury” veio para substituí-lo. Isso reorganiza a família M-Class, que agora a a contar com o M500 (com o mesmo motor -42A) e o M350, com o motor a pistão.
Quanto ao preço, alguns sites de aviação dos EUA especulam em algo próximo de FOB $ 4.1 milhões de dólares. Isso, partiria de encontro com a economia de $ 1mi usd do seu concorrente direto, conforme afirmação de John Calcagno, CEO da Piper.
Leia também:
- Mirage 4000, o caça francês que não deu certo
- RTX recebe intimações da SEC sobre problema de motor
- Holanda cancela venda de F-16 para empresa dos EUA; caças serão doados à Ucrânia