Pouco depois de realizar o primeiro voo do SpaceJet já como M90, a Mitsubishi precisou paralisar o desenvolvimento da aeronave, devido ao lockdown causado pela pandemia de COVID-19.
No entanto, a fabricante japonesa quer retomar o desenvolvimento da sua aeronave, após o levantamento das restrições.
A Mitsubishi agora precisará se reorganizar, visto que fez diversos cortes para evitar uma grande queima de caixa durante a pandemia. A empresa fechou a sua base de testes, em Moses Lake, nos EUA (WA), e também demitiu diversos funcionários.
“Depois de concluirmos nossa reestruturação, reconstruiremos o plano para obter a certificação de tipo. Quaisquer mudanças de pessoal feitas como parte de nossa reorganização visam construir uma estrutura organizacional apropriada para apoiar nossa nova direção e foco, e para realinhar recursos para nos ajudar a ar esta crise”, disse a Mitsubishi Aircraft.
A reorganização deve perdurar durante alguns meses, e pode possibilitar que o voo de retorno seja realizado até o final de 2020. Até o momento cerca de 3900 horas de voo foram realizadas pelos protótipos do M90, anteriormente conhecido como MRJ90.
A Mitsubishi Aircraft esperava certificar o M90 até o final de 2021, mas agora o projeto deve sofrer um novo atraso, após a reorganização financeira da empresa. Uma nova previsão para a certificação não foi divulgada pela Mitsubishi, que por enquanto aguarda a sua reestruturação.
Existem agora cerca de 163 pedidos para a aeronave regional que a até 100 ageiros a bordo, com outras 124 opções de compra. O projeto é visto como um grande triunfo para o retorno do Japão ao mercado de aviões comerciais.
Anteriormente a Mitsubishi também suspendeu o desenvolvimento do seu M100, de 76 assentos. Esta era uma das principais aeronaves do programa SpaceJet, visto que foi totalmente produzida com foco no mercado de aviação regional dos EUA.