Para essa semana e durante o mês de fevereiro, devemos ter uma piora das chuvas na porção norte de MG, interior da BA e uma grande área do Tocantins devido à dissipação da oscilação de Madden-Julian, que é um fenômeno climático caracterizado por uma propagação para o leste de grandes áreas de convecção e precipitação nos trópicos, influenciando padrões climáticos em diversas regiões, incluindo o Brasil. Ela possui oito fases distintas, cada uma com impactos específicos nas condições meteorológicas.
Incluindo a isso, uma anomalia negativa de chuvas será observada na porção mais central do Brasil, como no caso do norte de MT e porção centro sul do Pará, conforme se observa na imagem 1, abaixo. A negativa de chuvas contraria a condição atual de La Niña.
Imagem 1 – Anomalia de precipitação acumulada de 30 dias, válida para 26 de fevereiro de 2025.

No caminho oposto, ou seja, muita chuva além do esperado pode ocorrer no sudeste, especialmente entre o Vale do Paraíba em São Paulo, se estendendo até a região metropolitana de Belo Horizonte, MG. A região de Angra também pode ser afetada.
Da mesma forma, uma anomalia muito positiva pode ocorrer numa grande área de Roraima, no Amapá e em menor área do Pará, como a capital Belém e a região de Santarém. No Amazonas, atenção para a região de São Gabriel da Cachoeira, para valores máximo da anomalia de precipitação.
Enfim, vamos agora para a previsão da semana, que marca o retorno das dinâmicas (semelhantes às Monções que ocorrem na Ásia), no Brasil, com maior ocorrência de chuvas intensas na região Centro Oeste e Sudeste, que são influenciados pelo eio de umidade através de “rios voadores” existentes graças as jatos de médio e baixos níveis, transportando umidade da Amazônia.
Primeiramente, uma bolha de calor na Argentina influencia as temperaturas na região Sul e Sudeste. Contudo, o ingresso de umidade e temperatura do ar elevada, resulta em grandes formações convectivas, provocando transtornos. O calorão é influenciado pela neutralidade da oscilação da Antártica (AAO).
Lembrando que a AAO, também conhecida como Modo Anular Sul, é um padrão climático que influencia significativamente o clima no Hemisfério Sul, incluindo o território brasileiro. Uma fase positiva indica redução na agem de sistemas frontais, ao ado que a negativa, indica o oposto.
Enfim, como mencionado, atenção para a região Sudeste, inclusive o Vale do Paraíba – SP, e centro de Minas Gerais, como Belo Horizonte, para elevados acumulados da semana, com possibilidade de grandes transtornos. As chuvas volumosas podem acontecer a partir dessa quarta feira, levando a um pico na sexta feira. Somente o Espírito Santo tem menores acumulados.
O que acontece é um cavado no Atlântico Sul, que mantém os grandes volumes de água sobre o Sudeste, pois, atrai os ventos úmidos e quentes da Amazônia para si, transportados por jatos de médio e baixos níveis, conforme se observa na imagem 2, disponibilizando água na atmosfera para as convecções.
Imagem 2 – Circulação de ventos a 10.000ft, válido para 6ª feira, 31.

Na região Norte, a ZCIT continua ativa, trazendo chuvas constantes no extremo norte do Brasil, inclusive a capital Belém – PA, que tem o pico no acumulado de precipitações na quinta feira, além de todo o estado do Amapá, ao longo da semana. Algumas convecções podem se desprender da ZCIT e provocar chuvas também no interior do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
Na região Sul, com exceção do Paraná e a costa de Santa Catarina, haverá maior estabilidade atmosférica.
Imagem 3 – Acumulado total de chuva da semana.

Abaixo, atenção aos alertas da semana:
- Em todo o estado de São Paulo para grandes volumes, especialmente a partir de quarta feira, de tarde;
- Litoral norte paulista, como Ubatuba, para grande volume de água.
- Capital paulista para grandes volumes de água, especialmente entre a quinta feira e sábado (maiores volumes na sexta e no sábado).
- Oeste paulista, como São José do Rio Preto, a partir de sexta feira para elevados acumulados;
- Porção centro sul de Minas Gerais, ando pela capital Belo Horizonte, para grandes volumes de água, com potencial para temporais a partir de quinta feira (chances de alagamentos e transtornos nas cidades);
- Triângulo mineiro para altos acumulados até o dia 31;
- Estado de Goiás, inclusive Brasília, para elevados acumulados.
- Belém – PA, para elevados acumulados na sexta feira.
- Interior da região nordeste, como Juazeiro do Norte para chuvas acima do esperado, apesar de volumes inferiores ao que vai ocorrer no sul e sudeste brasileiro.
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