<p><p>VERITAS e DAVINCI+: estas são as duas novas missões que a NASA anunciou na quarta-feira (02), as primeiras para Vênus em 30 anos. As sondas fabricadas pela Lockheed Martin serão enviadas entre 2028 e 2030 para estudar aspectos geológicos e atmosféricos do planeta cuja superfície tem uma temperatura quente o suficiente para derreter chumbo. </p>
<p>A sonda DAVINCI+ (Deep Atmosphere Venus Investigation of Noble Gases, Chemistry and Imaging) vai captar dados atmosféricos de Vênus e será controlada pelo Goddard Space Flight Center da NASA em <span class="xn-location">Greenbelt, no estado de Maryland, nordeste dos EUA.</span>Ela consiste de uma nave que orbitará o planeta e logo após lançará uma sonda para sua superfície inóspita.<span> </span></p>
<p><span>À medida que desce, três instrumentos farão as primeiras medições ao vivo de dentro da atmosfera de Vênus, avaliando gases, composição do material, temperatura e pressão. </span><span>Uma câmera a bordo também tirará as imagens mais detalhadas já tiradas da superfície oculta de Vênus, obscurecida por nuvens densas e tóxicas, explica a Lockheed. </span></p>
<p>Já a sonda VERITAS (Venus Emissivity, Radio Science, InSAR, Topography and Spectroscopy) vai mapear o planeta enquanto é controlada a partir do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no <span class="xn-location">sul da Califórnia</span>. Ao se aproximar de Vênus, a VERITAS usará a técnica de aerobraking <span>para inserir-se cuidadosamente na órbita ideal. </span></p>
<p><span>Enquanto a espaçonave circula Vênus em quatro ciclos próximos aos polos do planeta, dois sensores imageadores extremamente sensíveis irão capturar coisas como atividade vulcânica, tectônica e liberação de gases de qualquer composto relacionado à vida, como água ou carbono. Veritas também significa &#8220;verdade&#8221; em latim. </span></p>
<figure id="attachment_131874" aria-describedby="caption-attachment-131874" style="width: 1270px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-131874 size-full" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2021/06/Lockheed_Martin_DAVINCI_VERITAS_Artwork.jpg" alt="" width="1280" height="720" /><figcaption id="caption-attachment-131874" class="wp-caption-text">Projeções artísticas das sondas VERITAS e DAVINCI+. Imagem: Lockheed Martin.</figcaption></figure>
<p>Estudos apontam que, no ado, Vênus pode ter sido habitável, abrigando até mesmo mares em sua superfície. No entanto, de alguma forma um efeito estufa descontrolado tornou o planeta um inferno: acima da superfície que chega à 417º C, quente o bastante para derreter chumbo, pairam nuvens de gotículas de ácido sulfúrico.</p>
<p>A atmosfera densa e tóxica consiste principalmente de dióxido de carbono e o &#8220;ar&#8221; em Vênus é tão denso e pressurizado que se comporta mais como um fluído do que como um gás próximo à superfície, explica a <em>Reuters</em>. </p>
<p class="Text__text___3eVx1j Text__dark-grey___AS2I_p Text__regular___Bh17t- Text__large___1i0u1F Body__base___25kqPt Body__large_body___3g04wK ArticleBody__element___3UrnEs" data-testid="paragraph-7"><span><em>&#8220;Vênus é uma &#8216;pedra de Roseta&#8217; para ler os livros de registro das mudanças climáticas, a evolução da habitabilidade e o que acontece quando um planeta perde um longo período de superfície dos oceanos&#8221;</em>, James Garvin, cientista-chefe do Goddard Space Flight Center, disse em um comunicado.</span></p>
<p data-testid="paragraph-7">Vênus tem estrutura semelhante ao Planeta Terra e estudá-lo poderia responder questões sobre como <em>&#8220;a Terra se desenvolve e porque é habitável enquanto outros [planetas] do nosso Sistema Solar não são.&#8221;</em></p>
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<p class="Text__text___3eVx1j Text__dark-grey___AS2I_p Text__regular___Bh17t- Text__large___1i0u1F Body__base___25kqPt Body__large_body___3g04wK ArticleBody__element___3UrnEs" data-testid="paragraph-9"><span>A última missão da NASA em Vênus, a espaçonave Magellan, chegou ao planeta em 1990. Após quatro anos em órbita fazendo o primeiro mapa global da superfície venusiana e mapeando seu campo gravitacional, a Magellan foi enviada mergulhando à superfície para coletar dados atmosféricos antes de cessar operações.</span></p>
<p data-testid="paragraph-9">A sonda da DAVINCI+ provavelmente terá o mesmo destino. Retardada primeiro por um paraquedas, depois por fricção aérea, a sonda fará uma amostragens da química atmosférica, pressão e temperatura até o fim, e obterá imagens de alta resolução conforme se aproxima da superfície. Garvin afirmou que, mesmo que sobreviva ao pouso, a DAVINCI+ superaquecerá em 20 minutos. </p>
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