As forças aéreas da França e República Tcheca estão usando caças Mirage 2000-5F e JAS-39C Gripen para treinar a interceptação de aeronaves, no âmbito da Missão de Policiamento Aéreo Aprimorado (eAP) da OTAN na Europa.
Durante o exercício realizado nos céus da Estônia e Lituânia, os países simularam uma interceptação alpha (alerta real) com identificação visual, empregando dois Mirage e dois Gripens.

Durante esta missão, são interceptadas aeronaves que não atendam aos seguintes critérios: ter apresentado um plano de voo válido, manter contato via rádio com organizações de controle de tráfego aéreo e identificar-se por transponder, explica o Ministério das Forças Armadas da França.
Os exercícios ocorrem em paralelo à implantação dos dois países no norte do continente. A França e a República Tcheca estão ativamente envolvidas nas missões de policiamento aéreo da OTAN, comprometidos em monitorar e proteger o espaço aéreo dos países bálticos.
Ao mesmo tempo, as forças aéreas realizam interceptações reais de aeronaves russas sobre o Mar Báltico. O grupo francês foi implantado na Base Aérea de Ämari, Estônia, em 13 de março. Já os caças tchecos assumiram a missão em Šiauliai em abril, junto de um destacamento da Força Aérea da Espanha com caças EF-18.
#Europe | Poursuite de la mission @NATO de police du ciel eAP par les M2000. Du 21 au 27/04 : 2 missions interalliées avec 🇬🇧 et 🇨🇿, 2 missions d’entraînement d’interception en vol et une mission d’interception réelle dans le ciel des pays baltes. #SolidaritéStratégique pic.twitter.com/5dO6geeF9V
— Armée française – Opérations militaires (@EtatMajorFR) May 1, 2022
A aliança militar liderada pelos Estados Unidos realiza a missão de Policiamento Aéreo do Báltico (BAP) desde 2004, quando Estônia, Letônia e Lituânia se juntaram à organização.
“A República Tcheca é um aliado confiável com quem a França também opera no Sahel. Essa cooperação, realizada em diferentes teatros, em terra e no ar, atesta nossa interoperabilidade e a continuidade de nosso relacionamento militar bilateral”, destaca o Ministério.
Além da simulação com os Gripens tchecos, os pilotos de caça do destacamento francês realizaram inúmeros voos de treinamento desde sua chegada à Ämari, voando com a Bélgica, Espanha, Suécia, Finlândia e Reino Unido. Essas missões permitem que os pilotos mantenham um alto nível de treinamento, aumentando, também, sua interoperabilidade enquanto trabalham em um ambiente multinacional.