A Força Aérea da Ucrânia (UAF) está cada vez mais perto de receber os tão prometidos F-16 Fighting Falcon. Doados por uma coalizão de 13 países, os jatos logo deverão estar em território ucraniano. Em paralelo, a Ucrânia também negocia com a Suécia a transferência de caças Gripen.
Em entrevista ao portal Voice of America, o vice-chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Ihor Zhovkva confirmou as conversas entre Kiev e Estocolmo, afirmando ainda que as negociações ocorrem desde 2023.
Zhovkva também desmentiu recentes notícias de que a Ucrânia teria rejeitado o envio dos caças Gripen em favor dos F-16. “Nunca ouvi dizer que os ucranianos recusaram os caças Gripen. Pelo contrário, é um tema que o meu presidente [Volodymyr Zelesnky] levanta constantemente perante a liderança da Suécia. E assim foi antes mesmo de a Suécia aderir à OTAN”, explicou Zhovkva.

“Por razões óbvias, não estavam preparados para fazer quaisquer promessas na altura, quando estavam finalizando sua adesão à Aliança. Agora o país está na NATO, e o meu presidente está novamente a comunicar com o Primeiro-Ministro da Suécia, e o nosso Ministério da Defesa está a comunicar com as autoridades relevantes na Suécia. Esses caças são tão bons quanto o F-16. Então, estamos caminhando nessa direção.”
Em sua fala, Zhovkva deixa claro que agora que a Suécia faz parte da OTAN, a doação de caças Gripen voltou a ser debatida. Ainda em maio, Estocolmo anunciou sua maior transferência de material bélico aos ucranianos, incluindo o envio de aviões-radar. No entanto, também suspendeu temporariamente a ideia de enviar os JAS-39 para a UAF.
Na época, um porta-voz do Ministério da Defesa da Suécia disse que a decisão veio por um pedido de aliados da OTAN. As nações solicitaram o adiamento da transferência para que os militares ucranianos focassem seus esforços na implantação do F-16, apontando que a introdução de duas novas plataformas de combate seria contraproducente.
Ainda assim, a transferência dos aviões é parte de um acordo de assinado entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e pelo primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson. Se o documento não for alterado, a Ucrânia ainda receberá os Gripens, eventualmente.