Alvo de desentendimento diplomático entre a Argentina e a Venezuela por conta de suspeita de espionagem e terrorismo, um Boeing 747-300 da venezuelana Emtrasur Cargo, encontra-se até hoje parado no aeroporto de Ezeiza (EZE), desde o dia 06 de junho do ano ado.
Na época, as autoridades da Argentina decidiram investigar o avião e negaram apoio de solo em sua partida. Logo, o Boeing 747 ficou sem reabastecimento de combustível e apoio para manutenção. O avião pousou na Argentina trazendo peças da VW para a produção de carros, decolando a partir de Querétaro, no México. A última movimentação deste 747 foi no dia 8 de junho de 2022, data em que realizou um voo de inspeção.
Sem nenhuma expectativa de liberação, não há previsão de quando o 747 da Emtrasur Cargo seja liberado para decolar do solo argentino. O avião encontra-se estacionado na antiga pista 23/05 do aeroporto de Ezeiza.
✈️EMTRASUR CARGO✈️
⚠️Se cumplió 1 año de que el Avión 🇻🇪Venezolano este varado en EZEIZA en cabecera 05✈️
📸🔥Boeing 747 YV3531✈️ pic.twitter.com/Nw1tgwufXU— Lucas 📸✈ (@Rubio_lucass) June 9, 2023
El Boeing 747 de Emtrasur Cargo 🇻🇪 cumple un año en el aeropuerto de Ezeiza 🇦🇷
La aeronave se encuentra en la antigua pista 05/23.
PUBLICIDADE Captura del último vuelo que realizó el 8 de junio de 2022.
© ChaleLu / Flightradar pic.twitter.com/1znzneIWcX
— Vuelos y Spotters ✈ (@SpottersArg) June 9, 2023
A acusação do avião pertencer ao Irã foi realizada pelo ministro da Segurança da Argentina, Fernandez Anibal, apontando que o avião da venezuelana Emtrasur Cargo estava sendo operado por cidadãos do Irã. Com isso, o juiz federal Federico Villena, da Argentina, deliberou pelo confisco da aeronave.
Anibal declarou no Twitter que cinco homens detidos, e que faziam parte da tripulação, carregavam aportes iranianos e são militares, incluindo 14 tripulantes venezuelanos. Todos os aportes foram retidos, até que uma investigação fosse realizada com os envolvidos.
O real motivo de toda essa movimentação pode ser uma suspeita da Argentina que um iraniano pertença à Guarda Revolucionária Islâmica, apesar de não ter nenhuma denúncia formal envolvendo Gholamreza Ghasemi.
A Mahan Airlines vendeu o Boeing 737-300M de matrícula YV3531 para a Emtrasur Cargo em 2019, e desde então este é o único avião operado pela subsidiária da estatal venezuelana Conviasa. Destaque também para a aeronave estar na lista negra dos Estados Unidos, e impossibilitada de realizar voos para qualquer cidade norte-americana.
Como a Venezuela e o Irã são países parceiros, ambos sofrem sanções de países ocidentais. Recentemente, a Conviasa acertou a incorporação de dois aviões A340-600 que operam atualmente pela iraniana Mahan Air.
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