E em Julho irá acontecer uma reunião dos BRICS, que para quem não sabe é composto por Brasil, Rússia, China, Índia e Africa do Sul. E nessa reunião está programado para ter a apresentação da proposta dos cinco países construírem uma estação espacial tripulada, com contribuição para tecnologia e desenvolvimento do setor, principalmente da China e índia que tem os bem adiantados na área espacial, enquanto o Brasil tem muita tecnologia no setor de aviação. Tal projeto seria uma estratégia para criar alianças de compartilhamento de tecnologia entre os países.

Vale ressaltar que em Dezembro o Dimitry Rogozin então vice-premier visitou setores no Brasil ligados ao setor espacial, como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a AVIBRAS e MECTRON. “Podemos começar este trabalho agora e incluir o tema na agenda da 7ª Cúpula dos BRICS, a ser realizada, em julho 2015, na cidade de Ufa, capital da República do Barcostastão, nas encostas do Montes Urais ” revela a TASS, agência de notícias da Rússia.
Entre as áreas com perspectiva de futuras pesquisas conjuntas estão os foguetes modulares que usam metano como combustível e a criação de um veículo aeroespacial, que poderia ser usado no futuro para construir um caça ou bombardeiro de sexta geração. Porém até o momento a Rússia não recebeu nenhuma posição das empresas visitadas no Brasil e da então presidenta Dilma Rousseff, isso causa desconforto em relação a relação entre os países.
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Agora um comentário pessoal…
Claro que por trás de tudo tem um pequeno interesse de ambas as partes, mas o Brasil (entenda-se, cúpula do governo), pouco se preocupa em criar tecnologia própria, ficamos refém de um setor primário, e essa é a pior forma de lucrar com o dinheiro, quando se transforma produtos do setor primário (aço, ferro, alumínio) em tecnologia no setor industrial o preço da venda é muito mais caro, fora que geralmente a remuneração nessa área é mais alta, o que eleva os índices sociais.
Mas o ponto não é esse, recentemente publiquei um matéria mostrando de como os NASA usou a tecnologia criada no setor espacial a seu favor, ela simplesmente vendeu tecnologia, pra que criar um satélite que tira fotos do solo? E se isso interessar grandes fazendeiros… Para que um satélite transmissor de tv a cabo próprio? E se alugar para as operadoras de tv a cabo,a uns 40 a 50 milhões por mês… Para que desenvolver um controle climático eficiente através de satélites? E se isso interessar a todos os Brasileiros…
Enfim, a Rússia já tentou se aproximar do Brasil com o T-50, uma aeronave de última geração em defesa aérea, pau a pau com o F-22 dos EUA, e o Brasil nem despertou interesse em COMPARTILHAR, esse é o ponto, aprender com os japoneses, coreanos e chineses que TOMARAM a tecnologia que era de outro, ninguém a essa altura da corrida irá desenvolver algo do zero, seria muito atraso de vida para quem não acompanhou o mundo durante décadas.
Devemos agradecer hoje ao setor militar por tomar a iniciativa de desenvolver uma grande empresa de aviação no nosso país, na mesma década de 70 em que a Embraer prosperava com seus simples turbohelice, o presidente da Hyundai Motors visitou o Brasil procurando saber como era produzido os carros, o então presidente à época José Pelúcio apresentava as fábricas e tudo mais e um dos coordenadores afirmou para o presidente, “Parece que o senhor não nos entendeu; não estamos interessados em atrair montadoras estrangeiras, mas em criar nossa própria indústria automobilística.” .
O resto da história todos já sabem….
Isso é meio que um apelo para que a presidenta do país olhe para esse setor. A mas o problema é o dinheiro, ele sempre é o problema, não podemos parar por conta de um orçamento curto.